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Ministro correu do pau

Segundo o NPF, orientação liberada pelo Ministério dirigido pelo pastor Milton Ribeiro nega o pluralismo acadêmico

O Ministério da Educação decidiu revogar a portaria que determinava o retorno das aulas presenciais das universidades e institutos federais de educação a partir de janeiro próximo. A informação é do próprio ministro, Milton Ribeiro, que em entrevista à CNN disse que irá abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico antes de tomar nova decisão. Os trabalhadores da Universidade Federal de Sergipe estavam ameaçando fazer uma greve sanitária contra a medida absurda.

“Quero abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico. As escolas não estavam preparadas, faltava planejamento”, admitiu o ministro.  O documento assinado pelo ministro Milton Ribeiro revogava uma portaria anterior, que permitia as aulas online em caráter excepcional nas universidades. O Ministério não citava as razões para autorizar o retorno às aulas presenciais sem o fim da pandemia de covid-19, que já tirou a vida de 176 mil brasileiros.

A decisão veio depois da reação de reitores de diversas universidades federais que anunciaram que não iriam cumprir a determinação do Ministério. O reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, classificou como “absurda” a volta às aulas presenciais. “É um absurdo completo”, disse ele, acrescentando que não acatará a decisão. “Nossa resolução define que o próximo trimestre será não presencial com a possibilidade de atividades presenciais contanto que não seja colocada em risco a vida de nossa comunidade”, salientou.

Apesar de afirmar que fará uma consulta pública junto aos reitores, o ministro disse que consultou mantenedoras de universidades antes de publicar a portaria e que não esperava tanta resistência. “A sociedade está preocupada, quero ser sensível ao sentimento da população”, disse.

Fonte: Brasil 247

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