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Mitidieri quer apoio de Lula para ampliar o porto de Sergipe

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Um dos projetos acalentados pelo governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), é ampliar o calado do Terminal Marítimo Ignácio Barbosa, localizado na Barra dos Coqueiros, visando atrair embarcações maiores das que atracam hoje em nosso porto. Esse tema deverá fazer parte da pauta de prioridades que o pessedista deve apresentar na reunião que terá em Brasília, dia 27 próximo, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao ser visitado pelo novo comandante do 2º Distrito Naval da Marinha do Brasil, vice-almirante Antônio Carlos Cambra, Mitidieri anunciou que “vamos captar investimentos para o porto”.

Após a audiência com o o governador, o vice-almirante disse que ambos conversaram sobre ideias e projetos existentes em termos de expansão portuária, além da possibilidade de trazer para Sergipe cruzeiros marítimos de turismo. O Porto de Sergipe é o que se pode chamar de “patinho feio” entre os grandes terminais marítimos brasileiros. Nem as publicações especializadas no setor costumam citá-lo, mesmo quando divulgam a movimentação portuária nacional.

Uma reunião realizada, ano passado, entre representantes da Federação do Comércio de Sergipe (Fecomércio) e executivos do Terminal Marítimo Ignácio Barbosa tratou sobre as potencialidades e possibilidades do porto sergipano “como vetor de desenvolvimento do estado”. Além da mídia local, a reunião não foi citada em nenhuma publicação especializada no setor portuário. Para se ter uma ideia de como o terminal sergipano é desconhecido lá fora, a última vez em que ele foi citado pelo site Informativo dos Portos foi em 2019, numa matéria intitulada “VLI amplia volume embarcado com a Votorantim Cimentos”. A VLI vem a ser a empresa responsável por oferecer soluções logísticas ao Terminal Ignácio Barbosa.

Economicamente inviável

Há quem diga que o porto de Sergipe foi construído no lugar errado que, por ser raso demais, impede a atracagem de grandes navios. E é verdade: o calado no entorno do Terminal é de apenas 8,30 metros, além da altura da maré, nunca passando de 10,20 metros. Já se chegou a defender o afundamento da área, mas um estudo feito pela Petrobras desaconselhou tal procedimento. No entendimento dos técnicos da petrolífera, a reforma do porto de Sergipe é economicamente inviável, pois a sua finalidade não justificava o custo elevadíssimo das obras. Ou seja, apesar do nome pomposo, o nosso Terminal Marítimo Ignácio Barbosa vai continuar sendo apelidado de “atracadouro para canoas à vela”.

Por Destaquenotícias

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