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Morre a anã mais velha de Sergipe

Dona Aninha era muito querida pela comunidade de Itabaianinha

Dona Aninha, 97 anos de idade e considerada a anã mais velha de Sergipe, morreu após se sentir mal em sua casa, em Itabaianinha. município que abriga uma comunidade de anões. Ela ainda foi socorrida em uma ambulância, mas foi a óbito antes de chegar ao hospital, no último dia 31.  A grande concentração de pessoas com nanismo – menos de 1,40 metro de altura – vem sendo estudada desde 1994, por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe. Dona Aninha era prima do vereador Zé Miúdo Anão (PSDB), comerciante muito conhecido naquela cidade.

A maioria dos anões de Itabaianinha reside no povoado Carretéis, porém muitos moram na zona urbana, onde trabalham nas atividades mais diversas. Dona Aninha morava no bairro Conveniência: “Ela era uma pessoa muito querida pela população”, revela Zé Miúdo Anão, político que priva da amizade do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Em 2020, o parlamentar tucano viajou 121 km, de Itabaianinha até a Barra dos Coqueiros – na Grande Aracaju – para abraçar o amigo presidente, durante a festa de inauguração da Usina Termoelétrica Porto de Sergipe I.

Estudo da UFS

Com objetivo de descobrir a causa do nanismo e entender a mutação genética dos anões do município de Itabaianinha, um estudo vem sendo realizado há 28 anos por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS). De acordo com o especialista em endocrinologia genética, Dr. Manuel Hermínio de Oliveira, a pesquisa registra o papel do hormônio de crescimento no organismo humano verificando um grupo de pessoas que vivem com um número muito baixo desses hormônios.

Iniciado em 1994, o trabalho científico analisa como ocorreu a introdução de um gene mutante de anões que viviam isolados próximo a Serra de Itabaianinha, nos municípios de Riachão e Tobias Barreto. Um dos principais objetivos do estudo é desvendar as causas da mutação no gene mais importante para a produção do hormônio de crescimento para o corpo humano. A pesquisa é feita em parceria com a Universidade John Hopkins, dos EUA.

O estudo da UFS já comprovou que o nanismo se trata de um defeito genético, uma doença recessiva, onde é preciso do gene do pai e da mãe para que a criança nasça com a doença. Porém, se trata de uma deficiência isolada nos hormônios que é passível de tratamento com hormônios de crescimento, o medicamento é dado às crianças de quatro até os 18 anos de idade. Ainda segundo o pesquisador, quando o tratamento é realizado, é possível ficar com uma estatura normal.

Por Destaquenotícias

 

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