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Câncer mata o empresário Luiz Eduardo Magalhães

Economista, Luiz Eduardo Magalhães era uma referência no meio empresarial de Sergipe

Vítima de câncer, morreu, na noite deste sábado (9), o economista e empresário sergipano Luiz Eduardo Magalhães, 83 anos. Considerado uma referência para Sergipe, ele  foi velado no Cemitério Colina da Saudade, em Aracaju, onde ocorreu o sepultamento, às 15h deste domingo (10). Luiz Eduardo acompanhou a trajetória econômica, social e política do estado, contribuindo em debates do Fórum Empresarial, da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese) e também da Confederação dos Dirigentes Lojistas (CDL).

O médico Antônio Samarone, escreveu em seu blog lamentando o falecimento do amigo empresário.

Veja o texto abaixo:

“Luiz Eduardo Magalhães – Um filho do iluminismo

Faleceu uma referência intelectual de Sergipe.

Ativo, bem-informado, polemista de raciocino rápido, Luiz Eduardo defendia com firmeza as suas ideias, sem perder a cordialidade. Convivi com Luiz Eduardo, num grupo de amigos, que se reunia religiosamente às segundas-feiras, para esmiuçar o Brasil e o Mundo.

Peço desculpas por minha rudeza nos debates.

Luiz Eduardo era membro da Academia Itabaianense de Letras, cidade onde ele viveu na infância. Ele possuía raízes sentimentais profundas em Itabaiana. Já adoentado, fizemos uma visita a cidade. Ele lembrava dos becos, esquinas, quem morava aqui e ali, lembrava dos grandes amigos (Zé Queiroz, Fefi, Maria Helena).

Luiz Eduardo possuía um sentimento profundo do Nordeste. Um pouco antes da Pandemia, fizemos (Eu, Ele e Pedro Morais) uma visita a Canudos. Uma viagem onde aprendi muito sobre o Sertão. Ele conhecia a história, o povo, os bichos e as plantas.

Ele descrevia detalhes do massacre de Canudos, apontava onde morreu o “Corta Cabeça”, onde ficava o hospital de sangue, admirava as favelas (planta), lamentava a pequenez das catingueiras. “O ambiente é tão hostil, que até as catingueiras estão morrendo.

Luiz cantarolou um pequeno verso de Xangai: “Catingueira, catingueira/ Diz o segredo que existe/ Que somente a catingueira/ Enfeita a paisagem triste.”

Na volta, passamos em Euclides da Cunha, onde comermos o melhor bode do Sertão da Bahia.

A cepa de Luiz Eduardo é do Ceará. Ele achava que foram os sergipanos que colonizaram a região de Juazeiro do Padre Cícero. A Serra do Araripe. Eu também acho.

Eu gostava de Luiz Eduardo. Um homem de princípios, racional, decente e generoso.

Luiz Eduardo foi um dos últimos intelectuais a moda antiga. Erudito e universal. Conhecia e se interessava por tudo. Parodiando o sábio: “Nada do que é humano lhe era estranho.”

Luiz, chegando no Paraíso, você encontrará a sua turma para novos debates, agora celestiais”.

 

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1 Comments

  1. REGES B SILVA SILVA disse:

    PARABENIZO O ILUSTRE INTELECTAUAL SANITARISTA MÉDICO PROFESSOR, SOCIALISTA ESQUERDISTA EX COMUNISTA HOJE BEM SUCEDIDO NO MUNDO DOS ENDINHEIRADS DE SERGIPE. É UMA PENA QUE O PTISMO NÃO SOUBE APROVEITAR A INTELIGÊNCIA E A COMPETÊNCIA DO Dr. ANTÓNIO SAMARONE.

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