Morreu em Aracaju, neste domingo (20), o fotógrafo Lineu Lins de Carvalho, 84 anos de idade. O velório acontece até às 16hs desta segunda-feira, (21), no Osaf, à Itaporanga, 436, centro da capital. A família informou que o corpo será cremado. Lineu foi um dos primeiros profissionais de fotografia a registrar a sociedade sergipana e o cotidiano do estado, deixando um acervo de quase 30 mil filmes, que ele sempre disponibilizou para estudos e pesquisas.
Lineu Lins também foi o primeiro fotógrafo no estado a fazer uso da máquina digital: “Sempre gostei de fotografar, de capturar imagens, de cenas dos dia a dia da nossa cidade, artesanato e retratar crianças”, frisou certa feita numa entrevista. O arquivo desde grande fotógrafo está sob os cuidados da Universidade Tiradentes (Unit). Um dos pioneiros da fotografia no estado, Lineu Lins acompanhou a época dos tradicionais fotógrafos lambe-lambe.
Lineu, o profissional
Lineu Lins começou a gostar de fotografia ainda adolescente. Descobriu a paixão no ginásio e em 1953 revelou o seu primeiro filme. Em meio aos estudos autodidatas e as experiências que foi adquirindo com um cotidiano de práticas fotográficas tornou-se profissional em 1956, aos 19 anos de idade. Desde então, Lins se dedicou a fotografar as transformações ocorridas em Sergipe, a partir da urbanização das principais cidades do estado.
O foco da produção de Lineu Lins sempre foi o homem. A partir desse referencial, ele abordou as mudanças no espaço urbano, rural e no meio-ambiente sergipano. O seu acervo é composto ainda por representações fotográficas da cultura popular, arquitetura, personalidades e eventos sociais, onde aparecem os cerca de 1.500 casamentos que fotografou em Sergipe. A atuação de Lins é vista ainda em trabalhos que realizou para indústrias, empresas e para instituições governamentais sergipanas.
Por Destaquenotícias