Vítima de uma arritmia cardíaca, morreu em Aracaju o jornalista Eugênio Nascimento, 67 anos. Diretor de redação do Jornal da Cidade, ele estava internado no Hospital de Cirurgia há quatro meses, mas não resistiu às complicações e faleceu às 21 horas dessa quinta-feira (31). O velório do corpo acontece no Cemitério Colina da Saudade, onde também ocorrerá o sepultamento, às 14 horas desta sexta-feira (1º). Eugênio deixa viúva, dois filhos e netos.
Nascido em Salgado, Eugênio Nascimento se mudou para Aracaju ainda criança, passando a residir com a família no Bairro Siqueira Campos. Ingressou na imprensa de Sergipe muito jovem, sendo a Gazeta de Sergipe seu primeiro contato com o jornalismo. A brilhante carreira incluiu passagens por vários veículos de comunicação do Estado, a exemplo da TV Sergipe, da extinta TV Jornal e do Jornal da Cidade, onde permaneceu por cerca de 30 anos. Também trabalhou por vários anos como correspondente do jornal Folha de S. Paulo em Sergipe e foi assessor de comunicação da Universidade Federal de Sergipe.
Fundador do PT em Sergipe e da Central Única dos Trabalhadores, Eugênio sempre foi respeitado pela maneira correta de atuar como jornalista, trabalhando com isenção na produção das reportagens políticas. “Recebi com tristeza a notícia sobre o falecimento do jornalista Eugênio Nascimento”, lamentou o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT). O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), também lamentou a morte do jornalista: “Respeitado, crítico, sagaz, Eugênio comandou a redação do Jornal da Cidade com inteligência. Sua ausência será sentida como uma lacuna na linha de frente dos que acreditam no poder transformador da informação”, escreveu.
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A partida de Eugenio Nascimento: jornalista da terra prometida, diretor do Jornal da Cidade, Assessor de comunicação da UFS e exímio articulador político.
A notícia da partida do jornalista Eugênio Nascimento deixa um sentimento de perda, vazio e saudades em todos aqueles que o conheceram.
A sua capacidade comunicação e de articulação política já se fazia notar desde os tempos da juventude quando atuou junto a lideranças do DCE/UFS e como correspondente do Jornal Sem Terra (associado aos primeiros passos do MST)- ousadia que lhe valeu o enquadramento pelo algozes do Serviço Nacional de Informações (SNI) como um dos jornalistas da terra prometida.
Junto a UFS, além de ter atuado junto a lideranças estudantis no final da década de 1970 e início da de 1980, foi durante muitos anos Assessor de Comunicação (ASCOM/UFS) e um dos responsáveis pela captação de recursos da bancada de deputados federais e de senadores da república para obtenção de recursos, investimentos e orçamento federal – o que o torna um dos responsável pelo expressivo crescimento da instituição nas última décadas.
A frente do Jornal da Cidade seu trabalha se agigantou ainda mais por meio de reportagem, colunas e editoriais, muitas das quais com grande repercussão junto a classe política e a sociedade.
Além disso, ele estimulou a publicação de textos de pesquisadores e de formadores de opinião – de pontos de vistas diferentes – inclusive este que agora escreve esta singela homenagem.
Desejo a ele uma passagem iluminada e expresso meus mais sinceros sentimentos aos seus familiares e amigos.