Cedida ao Ministério da Justiça, a delegada de Polícia Danielle Garcia se filiou ao Cidadania e demonstrou interesse em disputar as eleições de 2020, em Aracaju. Nesta sexta-feira, ela disse que está à disposição do partido para concorrer à Prefeitura ou a uma cadeira na Câmara de Vereadores. A delegada foi aconselhada a entrar na política pelo senador e também delegado de Polícia Alessandro Vieira, presidente estadual do Cidadania.
E o que teria estimulado Danielle a se envolver com a política partidária? Segundo ela, foi a decepção por não ter terminado o que começou na Polícia Civil. “Tolheram o meu trabalho de combater a corrupção. Sei que poderei ajudar em muito”, discursa. Em sua primeira entrevista como filiada do Cidadania, a delegada não falou nada sobre Aracaju e seus projetos para o caso de ser eleita prefeita da cidade.
No ato de filiação da delegada, o senador Alessandro Vieira garantiu que o partido vai participar do próximo processo eleitoral em Aracaju, mas que a definição de candidaturas será feita ouvindo a sociedade. “Estamos seguindo exatamente aquilo que manifestamos desde o início da nossa caminhada política: reunir um grupo de pessoas honestas, corajosas e decididas a fazer aquilo que é necessário para resgatar Sergipe e o Brasil do atraso”. afirma.
Quem é ela
Danielle Garcia é coordenadora do Programa Nacional de Fortalecimento das Polícias Judiciárias no Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Ministério da Justiça. Ela já atuou no Complexo de Operações Policiais (Cope), no Departamento de Narcóticos (Denarc) e no Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública da Polícia Civil (Deotap). Sua última função em Sergipe foi à frente da Delegacia da Barra dos Coqueiros.
À frente da DEOTAP, coordenou dezenas de operações de repercussão regional e nacional de combate à corrupção, identificando e prendendo criminosos que roubam dinheiro público e recuperando milhões de reais desviados. Foi responsável pelo início da operação que investigou irregularidades no repasse e na aplicação de verbas de subvenção social, recebida pelos deputados da Assembleia Legislativa de Sergipe. Também neste ano, esteve à frente da “Operação Babel”, que investigou irregularidades nos contratos referentes a coleta de lixo na capital sergipana.
Danielle Garcia investigou também irregularidades na Câmara de Vereadores, que em 2016 deu andamento à “Operação Indenizar-se”, promovendo levantamentos sobre crimes relacionados à sonegação fiscal, peculato e lavagem de dinheiro. A operação investigou irregularidades em contratos de locação de veículos e nas verbas indenizatórias, resultantes de um desvio de cerca de R$ 7 milhões.