O Museu Histórico de Sergipe (MHS) celebra 60 anos de existência nesta quinta-feira (5). Trata-se de um marco na vida cultural sergipana, sendo referência para museus do Brasil inteiro, justamente por reunir um acervo valiosíssimo sobre o patrimônio cultural do estado. Foi criado em 1960 e apresenta linhas arquitetônicas no estilo barroco. Antigo Palácio do Governo Provincial, o local já serviu como: cadeia, hospital e escola, e até hoje carrega a identidade de seus curadores, os irmãos Junot Silveira e Jenner Augusto.
Fundado pelo governador Luís Garcia, o MHS compôs seu acervo inicialmente, a partir de doações feitas pelos próprios sergipanos, e também de aquisições do governo. Os jornais da época solicitavam que os sergipanos doassem objetos que tivessem relação direta com a formação cultural e artística do Estado, por exemplo. Vale pontuar que essa forma de montar o acervo se classificou como um ato inovador.
Treze salas
Ao todo, o MHS oferece 13 salas para visitações, sendo alguns espaços permanentes e outros temporários (com exposições itinerantes). A sala exclusiva composta por peças sobre o Cangaço (contendo punhais, utensílios e roupas) pode ser classificada como uma das mais visitadas. Outra área que também chama a atenção ao visitar o MHS é o espaço dedicado à obra do pintor sergipano Horácio Hora (que estudou e viveu em Paris), sendo um dos pintores brasileiros mais conhecidos do mundo, por seus trabalhos relacionados ao Romantismo.
Curiosidades
A primeira Composição Expográfica do MHS foi realizada pelo renomado artista plástico, Jenner Augusto (dando ao local um Know-how já em seus primeiros dias de vida).
A presença do portal da Ordem dos Carmelitas, localizado praticamente na porta do MHS, da boas-vindas aos visitantes assim que estes adentram o museu, e chama a atenção pela magnitude da obra.
O tapete vermelho da entrada do MSH simboliza a visita de D. Pedro II à São Cristóvão em 1860.
É possível ver alguns canhões usados na Guerra de Canudos (e que passaram recentemente por um processo delicado de restauração).
Para entrar no MHS, o visitante precisa usar as tradicionais pantufas, para não desgastar o assoalho que por si só já uma obra de arte. Conhecer o MHS é a certeza de uma deliciosa viagem. Venha conhecer!