Neste sábado (1º) é celebrado o Dia Nacional do Trabalhador. Para a Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT) a data reforça a necessidade de luta das categorias por direitos trabalhistas e políticas públicas de geração de emprego e renda. Sobretudo este ano, no qual o país ainda é atingido pela pandemia da Covid-19 e, segundo a entidade, pouco foi feito, do ano passado para cá, para ajudar o trabalhador brasileiro durante a crise.
O Dia do Trabalhador surgiu no ano de 1886, quando, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, ocorreu a Revolta de Haymarket, envolvendo trabalhadores que exigiam redução da jornada de trabalho de 13h para 8h. No Brasil, a data só foi reconhecida em 26 de setembro de 1924. Atualmente, os trabalhadores brasileiros têm enfrentado uma série de perdas que retrocedem diversos direitos já adquiridos, conforme aponta o presidente da CUT, Roberto Silva.
“Fora Bolsonaro”
Para ele, a principal luta dos trabalhadores é pelo “Fora Bolsonaro”, já que o presidente da República atual segue a mesma linha política do ex-presidente Michel Temer, e tem implementado emendas constituições e reformas que prejudicam o trabalhador, segundo avalia Roberto. “É uma política econômica absurda, suicida, antipovo que foi implementada e que está gerando muita pobreza, muita fome no povo brasileiro. Por isso precisamos de um novo presidente que tenha medidas para suspender as ações que foram aprovadas durante o governo Bolsonaro”, explica.
As principais medidas foram a emenda constitucional 95, emenda constitucional 109, reforma administrativa, reforma previdenciária e reforma trabalhista. “Isso tudo vem sendo implementado desde 2016, fruto de um golpe político que ocorreu na época, e na nossa avaliação, precisamos de um presidente que assuma esse compromisso de lutar para que essas medidas sejam suspensas, de modo que o Estado brasileiro tenha recurso para investir na melhoria de vida do seu povo, gerando emprego e renda”, reforça Roberto.
Lutas das categorias
O dia 1º de maio de 2021, para a CUT, deve ser comemorado com muita luta das categorias, já que se trata de um dos piores momentos da história. “Um cenário de desemprego avassalador é fruto de uma manutenção da política que vinha sendo implementada pelo governo Temer, chamada de Ponte para o Futuro. Essa política econômica foi mantida pelo governo Bolsonaro, e é uma política de privilégios às grandes corporações e ao mercado financeiro, enquanto nega os direitos dos trabalhadores”, reitera o presidente da CUT. E continua.
“Nós estamos no 1º de maio com, mais do que nunca, a necessidade de manter a agenda do fora Bolsonaro. Entendemos que o cenário da pandemia é grave, mas o pós-pandemia pode ser ainda pior, com maiores ataques ao direito dos trabalhadores com justificativa que é para fazer a economia voltar a crescer. Quando sabemos que para a economia voltar a crescer, o governo precisa investir mais em políticas públicas e infraestrutura, potencializar as empresas estatais, como Petrobras, Eletrobras etc, que têm potencial de investimento em geração de emprego e renda imenso”, acredita.
Por laís Melo (Texto publicado originalmente no Jornal da Cidade) Foto: Infonet