O rendimento médio da população negra sergipana, por meio do trabalho, é quase metade do que ganha uma pessoa branca. Enquanto a renda do branco é de R$ 2.940,00, do negro é de apenas R$ 1.522,00. A dos pardos é de R$ 1.575,00, valores que representam 52% e 54%, respectivamente, do rendimento do branco.
Os dados fazem parte da Nota Técnica “Rendimento de todas as fontes” que o Observatório de Sergipe/ Superplan divulgou, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2020 (Pnad Contínua 2020), do IBGE. O objetivo do trabalho é compreender a composição da renda aferida pelos sergipanos, especialmente no ano de 2020, primeiro da pandemia de covid-19. Outros destaques sobre a publicação são:
– 59% da população sergipana possuía algum tipo de rendimento em 2020, sendo que o rendimento médio real de todas as fontes aumentou para R$ 1 677, o que representou ganho de 3,3% em relação a 2019;
– Em 2020, o contingente de pessoas com rendimento de trabalhos correspondia a 34,6% da população residente (803 mil), frente a 39,5% (908 mil) em 2019. Por outro lado, 32,9% dos residentes (763 mil) possuíam algum rendimento proveniente de outras fontes em 2020, enquanto, em 2019, essa estimativa era de 26,9% (619 mil);
– Dentre os rendimentos de outras fontes, o maior percentual de recebimento fica por conta de outros rendimentos (categoria que inclui seguro-desemprego/seguro-defeso, programas sociais do governo, rendimentos de poupança etc.) , com 19,0% da população residente ou 440 mil pessoas;
– Distribuição do rendimento de trabalho (índice de Gini) é o segundo mais desigual no Brasil (0,521);
– Rendimento dos 50% mais pobres aumenta 30,4% em relação a 2019, foi de R$263 para R$ 343.
Fonte: Observatório de Sergipe (foto: Correio Braziliense)