O mês passado foi marcado por uma série de tremores de terra no Nordeste, dos quais um ocorreu no município sergipano de Nossa Senhora das Dores. De acordo com um levantamento do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), foram registrados no primeiro mês deste ano 14 abalos sísmicos na região.
A Bahia não apenas teve a metade das ocorrências, mas também registrou o tremor de maior intensidade no período. O abalo mais forte, de 2,6 na escala Richter (mR), ocorreu na cidade de Planalto, localizada na região sudoeste do estado, na manhã do dia 13 de janeiro. Esse foi o tremor mais intenso desde dezembro de 2024, quando um evento de mesma magnitude ocorreu em Maracás (BA).
A Bahia é uma das áreas de maior atividade sísmica no Nordeste devido à sua localização em uma região geologicamente ativa. O estado está situado sobre falhas tectônicas que, embora não sejam tão intensas quanto as encontradas em zonas de limite de placas (como no Chile ou no Japão), ainda são capazes de gerar abalos perceptíveis.
Além disso, a atividade humana, como a mineração e a construção de barragens, pode contribuir para o aumento da frequência de tremores em algumas áreas. No caso de Jacobina, por exemplo, a mineração de ouro é uma atividade econômica importante, e estudos sugerem que ela pode influenciar a ocorrência de sismos.
Impactos e Prevenção
Apesar de a maioria dos tremores registrados no Nordeste serem de baixa magnitude e, portanto, causarem poucos danos, é importante que a população e as autoridades estejam preparadas para eventos mais intensos. Medidas como:
Fortalecimento da infraestrutura: Construções devem seguir normas técnicas para resistir a abalos sísmicos.
Educação da população: Campanhas de conscientização sobre como agir durante um tremor são essenciais.
Monitoramento contínuo: A manutenção de redes de monitoramento sísmico, como as operadas pelo LabSis/UFRN, é fundamental para prever e mitigar riscos.
Os 14 tremores registrados no Nordeste em janeiro de 2025 destacam a importância de monitorar e estudar a atividade sísmica na região. A Bahia, com oito ocorrências, continua sendo o estado mais afetado, reforçando a necessidade de investimentos em prevenção e preparação para eventos futuros.
Data | Hora | Magnitude (mR) | Local |
2/1 | 09:18 | 1.8 | Jacobina – BA |
4/1 | 02:47 | 2.2 | Nossa Sra. das Dores – SE |
4/1 | 10:20 | 2.1 | Araci – BA |
5/1 | 03:45 | 2.0 | Jaguarari – BA |
11/1 | 04:50 | 1.7 | Itaiçaba – CE |
12/1 | 00:41 | 1.8 | Belo Jardim – PE |
13/1 | 08:32 | 2.6 | Planalto – BA |
16/1 | 03:25 | 1.6 | Vitória de Santo Antão – PE |
16/1 | 08:03 | 1.5 | Caruaru – PE |
18/1 | 05:46 | 1.6 | Jaguarari – BA |
27/1 | 03:51 | 1.9 | Jaguarari – BA |
28/1 | 15:57 | 1.7 | Cachoeira – BA |
28/1 | 18:44 | 2.1 | Caruaru – PE |
29/1 | 15:01 | 2.0 | Nordestina – BA |
Fonte e foto: site ne9