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Operação da PF rastreia recursos da Covid-19

Em Sergipe, a Operação foi realizada em Aracaju, Carmópolis e Socorro

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (20), a Operação Estroinas, com o objetivo de investigar fraudes em nove processos de dispensa de licitação realizados pela Prefeitura de Carmópolis, todos eles fundamentados na Lei do Coronavírus. A operação conta com o apoio e a participação da Controladoria-Geral da União (CGU/SE). Simultaneamente, a Justiça Estadual determinou o afastamento cautelar do prefeito Beto Caju (SD).

A PF localizou cerca de R$ 110 mil na casa do sócio de uma empresa parceira da Prefeitura de Carmópolis

Participam da ação 83 policiais federais e seis servidores da CGU, que cumprem 32 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, sendo 15 em Carmópolis, nove em Aracaju, dois em Nossa Senhora do Socorro, dois em Pernambuco, dois em Alagoas e dois na Bahia. Na investigação que motivou a expedição dos mandados, apurou-se que aproximadamente R$ 2,3 milhões provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS) foram gastos para a contratação direta de nove empresas.

Uma série de irregularidades

Também se identificou a existência de fortes de indícios das seguintes irregularidades: algumas dessas empresas são “fantasmas”; os sócios de algumas delas são “laranjas”; as escolhas das empresas contratadas foram arbitrárias; as cotações dos preços dos bens, insumos e serviços contratados pela Prefeitura foram fraudulentas; houve superfaturamento dos bens, insumos e serviços contratados; alguns dos bens adquiridos para o enfrentamento da pandemia de COVID-19 nem sequer foram utilizados; não houve critério para a definição da quantidade e da qualidade dos produtos que precisariam ser adquiridos pelo Município; parte dos produtos contratados não foi efetivamente fornecida ao Município.

Os envolvidos estão sendo investigados por suposta prática dos crimes de dispensa indevida de licitação, corrupção passiva e corrupção ativa, sem prejuízo de outros porventura constatados ao longo das investigações. A Polícia Federal informou que a Operação foi batizada de “Estroinas” numa referência à forma pela qual o dinheiro público foi gerenciado pela Prefeitura de Carmópolis.

Fonte e foto: Ascom/PF

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