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Palmeirense não tem Banco Mundial

Por Lelê teles *

mestre dos magos, weintraub irá mesmo para o banco mundial?

o mestre sai detrás de um sicômoro e põe uma mão no queixo.

prossigo:

sabemos que o bardoto é incompetente para qualquer coisa, mas me parece que o sujeito ganha o cargo por desencargo de consciência do chefe, que não tinha mais como mantê-lo onde ele nunca deveria ter estado. o garganta ainda corre sério risco de ser trancafiado numa masmorra imunda, onde verá o sol nascer com outra forma geométrica. é essa a única razão d’ele estar a levar esse prêmio que desonra o mérito. será, por essa medida, o único perdedor que subirá a um podium pra receber um troféu. mas é um café-com-leite no alto escalão global, um pirralho como diria a infante greta. tudo indica que lhe darão uma salinha lá nos fundos, com uns livrinhos de colorir, uns jogos eletrônicos e… quase 150 mil lascas por mês.

o mestre, então, coça o queixo, reflexivo.

concluo a formulação da pergunta:

com essa lambante jogada, o cabra se livra de uma cana dura, visto que, sem fórum privilegiado, acabará num fórum onde acabam todas as pessoas sem privilégios.

o mestre observou e absorveu e, finalmente, respondeu-me, mestricamente:

meu nobre cavaleiro, nomear alguém para o banco mundial não é o mesmo que nomear parentes e aderentes para um cargo num gabinete de vereador, onde o nomeado sequer precisa fazer o crachá da firma, uma vez que ele nem tem que se dar ao trabalho de comprarecer ao trabalho. há critérios rigorosos numa instituição como essa. uns espertos peritarão tudo, vão avaliar a indicação, o indicado e o indicador, pra ver se ele tem competência pro ato indicativo, passarão os olhos escrutinadores sobre o currículo do sujeito, stalkearão suas redes sociais, checarão seus atributos…. pelo menos uns oito países se metem nesse rigoroso escarafuncho.

então fudeu, mestre!

esse é mais um blefe do bufão que vos governa. dará com os burros n’água. em pouco tempo, weintraub estará sentado num banco frio e duro no fundo de uma cela. por ironia do destino, ele descobrirá, solitário e triste, que falta faz um livro!

o que o senhor sugeriria como uma saída honrosa?

se regina duarte ganhou um cargo na cinemateca, avalio que cairia bem a traub um trampo num biblioteca.

disse isso e desapareceu sob a sombra do sicômoro.

palavras sapienciais.

Formado pela Universidade de Brasília, Lelê Teles é jornalista, roteirista e publicitário. É roteirista do programa Estação Periferia (TV Brasil) e da série De Quebrada em Quebrada (Prodav 09). Sua novela, Lagoas, foi premiada na Primeira Bienal de Cultura da UNE. Discípulo do Mestre Cafuna, prega o cafunismo, que é um lenitivo para a midiotia e cura para os midiotas.

 

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