Neste domingo (28) tem Parada LGBT+ na Orla de Atalaia, em Aracaju. Após dois anos acontecendo de forma virtual, por causa das restrições da pandemia de Covid-19, o evento volta a acontecer na capital sergipana, tendo como tema central Vote colorido: Dê vez à nossa voz”. E para marcar esse retorno, a 21ª edição da Parada conta com um palco onde se apresentam diversos artistas, além dos já aguardados trios elétricos.
Trânsito bloqueado
Para da Parada LGBT+ o trânsito na Avenida Santos Dumont, Orla de Atalaia, sofre bloqueios temporários das 13h às 22h. A partir das 13h, o trânsito na Passarela do Caranguejo até a rotatória do Corpo de Bombeiros fica bloqueado, devido a concentração e saída dos trios elétricos.
Durante o cortejo, que segue até o Sesc e retorna para a Passarela, a SMTT fará os bloqueios temporários na avenida e nas ruas que dão acesso a Orla. A previsão é que às 22h o trânsito esteja totalmente liberado. Agentes estarão nos pontos de bloqueios dos dois eventos orientando os condutores.
O palco “(Sobre)Viver”, a grande novidade da Parada LGBT+ este ano, ganhou este nome como forma de chamar atenção para a luta que pessoas LGBTQIA+ travam diariamente tentando viver suas vidas em plenitude. A estrutura está localizada no estacionamento da praia da Cinelândia, ao lado da Passarela do Caranguejo, local conhecido na Orla de Atalaia por reunir várias tribos e atividades culturais e recreativas.
Shows
A programação de shows comece a partir das 13 horas, com o grupo percussivo Batalá Sergipe fazendo a concentração, e segue tarde adentro, com uma variedade de apresentações culturais de cantores, bailarinos e drag queens. O desfile dos trios elétricos pela avenida tem início após os shows no palco. A animação nos trios estará à cargo da cantora Lorena Simpson e do DJ Filipe Guerra, famosos por agitar a noite LGBT nas principais capitais do país. Além deles, a cantora sergipana Isis Nataly e um time de DJs também abrilhantam o desfile da diversidade na maior manifestação de rua do estado.
Parada e acessibilidade
A Parada volta às ruas ainda mais inclusiva. Pela primeira vez, a comissão organizadora pretende agregar a pauta de acessibilidade para a comunidade de pessoas com deficiência (PCD). Ainda de forma experimental, o intuito é oportunizar espaços para pessoas com deficiência e seus acompanhantes celebrarem a primeira edição presencial, após dois anos de pandemia.
A comissão convidou a servidora pública e pesquisadora Lorena de Castro, diagnosticada há pouco mais de um ano como pessoa autista, que está integrando a equipe da Parada pela primeira vez. Para ela, é importante fortalecer a pauta LGBTQIAP+ através da perspectiva interseccional junto ao movimento de pessoas com deficiência. “O diagnóstico me fez buscar e questionar ainda mais a acessibilidade e a inclusão nos diversos espaços, para além das questões LGBT com que eu já me identificava”, observa a militante. Com isso, a organização da Parada almeja evidenciar a importância do acesso e permanência de pessoas com deficiência nos grandes eventos de rua do estado, que tanto mobilizam a economia, o turismo e a população local.
A importância do voto colorido
Voltando às ruas em ano de eleições, a 21ª Parada LGBT de Sergipe trará como mote a importância de votar em candidatos que representem as pautas da comunidade LGBTQIA+ nos cargos legislativos e executivos. Para Maria Eduarda Marques, assistente social que compõe a comissão de mobilização da Parada, quando uma minoria consegue chegar aos espaços de poder, toda sociedade avança. “Temos que fazer nosso papel, nos unir e mostrar que juntos somos mais fortes. Prova disso foram as últimas eleições onde muitos candidatos LGBTQIAP+ conseguiram ser eleitos pelo voto do povo”, pontuou a militante que também é 1ª secretária da Astra.
Fonte: Ascom/Astra