Médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciaram uma paralisação nacional nestas terça (8), devendo o movimento prosseguir até esta quarta-feira (9). No último dia 31, quando os profissionais também cruzaram os braços em protesto contra o governo, foram afetadas 25 mil perícias, de acordo com estimativa da Associação Nacional de Médicos Peritos (ANNP). Em dois dias, esse número pode chegar a 50 mil.
Em ofício enviado ao Ministério do Trabalho e Previdência os médicos peritos exigem uma recomposição salarial de 19,99%, relativa às perdas com a inflação de 2019 a 2022, a fixação do número máximo de 12 atendimentos presenciais como meta diária e a realização imediata de concurso público. Segundo a ANMP, a falta de servidores chega a 3 mil.
De acordo com uma portaria do INSS publicada em setembro de 2021 quem não for atendido devido a paralisação dos peritos deve ter o atendimento remarcado até as 12h do dia seguinte ao cancelamento da perícia. O procedimento é exigido para a obtenção do BPC (Benefício de Prestação Continuada), do auxílio-doença, de aposentadorias por incapacidade permanente, entre outros.