Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) está estudando a implantação da técnica de imunofenotipagem em Sergipe. A imunofenotipagem é uma técnica usada para diferenciar células que têm o aspecto físico muito semelhante, sendo considerada de extrema importância na identificação de leucemias e linfomas. O projeto é coordenado pela professora doutora em Hematologia Dulce Marta Schimieguel Mascarenhas Lima.
Em Sergipe, não há um laboratório para a realização da imunofenotipagem. Os hospitais precisam enviar as amostras para os grandes centros para a técnica ser aplicada. Segundo a professora Dulce Marta, a implantação de um laboratório especializado nesta técnica em Sergipe vai acelerar o diagnóstico de leucemias e linfomas.
“Nós temos diversos tipos de leucemias e linfomas, então quanto mais preciso o diagnóstico melhor vai ser dirigida a terapêutica para esse paciente, e como consequência, uma melhora na sobre vida e cura do paciente. A nossa finalidade é estar na ponta do diagnóstico, mas a finalidade completa é auxiliar na sobre vida e na cura do paciente”, explica a professora Dulce.
Ainda segundo a professora Dulce Marta, a imunofenotipagem é uma técnica muito importante para acelerar o diagnóstico. “Para identificar essas células sanguíneas,que são neoplásicas, nós temos algumas técnicas mais simples. A imunofenotipagem a gente vai ver o fenótipo dessas células, que seriam as características das células através de uma técnica imunológica, que precisa de um equipamento caro, mas temos na universidade”.
Uma das metas do projeto é a implantação de um laboratório em Sergipe para atender a demanda do estado. “A primeira meta é caracterizar de forma mais específica essas leucemias e neoplasias para melhor direcionamento do tratamento. A segunda meta seria inserir essa técnica aqui na região montando um laboratório especializado de imunofenotipagem. Nós temos equipamentos, a capacitação técnica, é um trabalho que vai demorar, mas é o início do processo. A outra meta é melhorar essa qualidade de vida dos pacientes, através dessa melhor identificação”.
Para a implantação desse laboratório, é necessária uma parceria conjunta entre a universidade, o Estado e o Município. “A nossa dificuldade inicia é como fazer esse contrato com o Estado e o município para que seja uma exclusividade nossa porque se não o laboratório não vai se manter porque é uma técnica cara. Precisamos dessa contrapartida da compra dos reagentes, o restante nós temos equipamentos que podemos utilizar”.
Fonte e foto: Ascom/Fapitec