A Petrobras decidiu não renovar, em janeiro próximo, os contratos com as distribuidoras de gás canalizado do Nordeste, incluindo a estatal Sergipe Gás (Sergás). O Valor Online divulga que, “diante da posição da petrolífera, a TAG, controlada pela Aliança, espera fechar contratos extraordinários de transporte de curto prazo, na janela de janeiro de 2022”.
Segundo disse ao portal, Ovidio Quintana, diretor comercial e regulatório da TAG, “a empresa trabalha para oferecer ao mercado nordestino contratos extraordinários a tempo de viabilizar os novos contratos, no âmbito da abertura do mercado brasileiro, enquanto não abre uma chamada pública para contratação da capacidade disponível de sua malha.
A expectativa é que a minuta final de contrato extraordinário seja aprovado logo e que a tarifa seja definida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) nas próximas semanas. A previsão da TAG é realizar, no ano que vem, uma chamada pública coordenada com as demais transportadoras, para oferta da capacidade disponível de sua rede.
Produtores como a Shell e PetroReconcavo já anunciaram acordos para fornecer gás a concessionárias da região, mas os contratos têm, como condição precedente, a viabilização do acesso à malha de gasodutos”, revela matéria do Valor, reproduzida pelo site da Abegás.
Posição da Sergás
Consultada pelo site Destaquenoticias sobre a decisão da Petrobras, a direção da Segás liberou a seguinte nota:
“Considerando o fim da vigência do atual contrato de suprimento de gás natural firmado com a Petrobras, a ocorrer em 31/12/2021, a SERGAS adotou uma série de medidas para a contratação do seu novo portfólio de suprimento de gás natural a partir de 01/01/2022, entre as quais a participação em uma Chamada Pública Coordenada, que contou com a participação de outras Distribuidoras de gás canalizado do Nordeste (a exemplo da COPERGAS de Pernambuco) e CEGAS do Ceará), além da negociação direta com outros agentes de comercialização de gás natural existentes no mercado.
O fato é que as negociações mantidas com os novos agentes durante o ano de 2021 não resultaram em contratos de suprimentos viáveis para se iniciarem em 01/01/2022, restando como única última alternativa para a SERGAS a continuidade da relação comercial com Petrobras para fins de suprimento de gás natural”.
Fonte: Valor Online (Abegás)