A classe política sergipana, que soltou foguetes para festejar como se já fosse uma coisa garantida e de papel passado o investimento pela Petrobras de US$ 2 bilhões até 2025 na costa de Sergipe, pode se frustrar amargamente. Logo na abertura da apresentação de seu Plano Estratégico 2021-2025, a petrolífera adverte que as previsões sobre “eventos futuros refletem apenas expectativas dos administradores sobre condições futuras da economia, além do setor de atuação, do desempenho e dos resultados financeiros da Companhia, dentre outros”. É muita coisa!
E para que ninguém comemore o ovo no fiofó da galinha, a apresentação do Plano Estratégico da Petrobras alerta que os termos “antecipa”, “acredita”, “espera”, “prevê”, “pretende”, “planeja”, “projeta”, “objetiva”, “deverá”, bem como outros similares, visam a identificar tais previsões, as quais, evidentemente, envolvem riscos e incertezas previstos ou não pela estatal e, consequentemente, não são garantias de resultados futuros. E diz mais: “Portanto, os resultados futuros das operações da Companhia podem diferir das atuais expectativas”. Entendeu o drama?
Sem aviso
Tomara que nossos políticos não continuem fazendo cálculos com o anunciado investimento de US$ 2 bilhões na área de exploração e produção em águas profundas da costa sergipana. A apresentação do Plano Estratégico 2021-2025 insiste em advertir que “os valores informados para 2020 em diante são estimativas ou metas”. É bom a classe política suspender a festa e ficar antenada com os próximos passos da Petrobras, pois se esperar ser avisada sobre algum sobresalto, poderá vir a ser a última a saber dos acontecimentos. A companhia fez questão de informar que “não se obriga a atualizar as apresentações e previsões à luz de novas informações ou de seus desdobramentos futuros”. Ou seja, não haverá aviso prévio sobre prováveis desinvestimentos. E como verbalizam os próprios políticos: Temos dito!
Por Destaquenotícias