O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi às redes sociais, nesse domingo (5), desmentir uma matéria publicada pela revista Veja informando que a estatal pretende atrasar o Projeto Sergipe Águas Profundas. Segundo a Veja, a petrolífera “buscou a Casa Civil para atrasar um projeto de gás natural que colocaria no mercado 18 milhões de metros cúbicos diários de gás natural em 2028. A ideia é atrasar o início do projeto para 2031”.
No desmentido, Jean Paul Prates informa que “não há qualquer solicitação por parte da Petrobras em postergar a entrada em operação do projeto. Pelo contrário, a companhia empenha todos os esforços necessários para a execução dos projetos que trarão maior oferta de gás nacional ao mercado. Reforçamos ainda que os processos licitatórios seguem em curso, de forma a assegurar o cumprimento do cronograma e a entrada em operação no menor prazo possível”.
Localizado na Bacia de Sergipe-Alagoas, a 100 km da costa, em profundidades que chegam a 3 mil metros, o Projeto Sergipe Águas Profundas prevê a instalação de duas plataformas para atender aos sete campos prospectados no litoral sergipano e a implantação de um novo sistema de escoamento de gás, com capacidade de 18 milhões de m³ por dia. Dos R$ 136 bilhões que o governo federal pretende investir em Sergipe através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 109 bilhões serão injetados para viabilizar o projeto Sergipe Águas Profundas, com previsão de começar a produzir gás em 2028.
Governo contra
A nota da Veja desmentida por Prates revela que “Álvaro Tupiassu, gerente-executivo da Petrobras, defende o atraso do projeto, pois, de 2028 até 2031, haverá choque de oferta de gás natural no mercado de brasileiro com a entrada em operação do projeto BMC-33 — da Equinor em conjunto com Petrobras e Repsol” e conclui afirmando que “o governo de Sergipe defende a manutenção do cronograma imediato”.
Foto: GS