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Petrobras tenta viabilizar o Sergipe Águas Profundas

O alto custo dos dois navios-plataforma pode inviabilizar o Projeto Sergipe Águas Profundas

A Petrobras vai lançar pela quarta vez a licitação visando contratar as plataformas para o Projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP) no modelo build-operate-transfer (BOT). A informação é da diretora executiva de Exploração e Produção da estatal, Sylvia dos Anjos. Por causa da dificuldade em contratar os navios-plataformas, a petrolífera já anunciou que não deve mais conseguir cumprir com o prazo de entrada em operação de SEAP 1, previsto anteriormente para 2028.

Nesse modelo de contratação pretendido agora pela Petrobras, a empresa vencedora da licitação fica responsável pela construção, entrega e instalação da unidade, que depois é transferida para a operadora. A opção pelo BOT ocorreu depois das dificuldades na contratação das unidades para o Sergipe Águas Profundas, com preços considerados elevados. Segundo a diretora Sylvia dos Anjos, existe também a possibilidade de tentar contratar unidades próprias.

“Primeiro, a gente está indo no BOT, porque facilita. E [plataforma] própria é a segunda [opção]. A gente tirou o afretado, visto que a dificuldade de financiamento está impedindo, com custos elevadíssimos”, afirmou. A previsão é que o processo para as duas unidades de Sergipe seja reaberto nas próximas semanas, com simplificações para agilizar o andamento do projeto. “A gente está confiante que deve conseguir, talvez, até um prazo um pouco menor na fabricação, visto que há muita similaridade dos dois [FPSOs]”, disse.

Licitações fracassadas

Esta será a quarta licitação na tentativa de contratar os navios-plataformas para o Projeto Sergipe Águas Profundas. Lançada em abril de 2023, a primeira previa a entrega das propostas em outubro daquele ano, mas isso não ocorreu. De lá pra cá não apareceu qualquer empresa estrangeira interessados na proposta, fato que levou a Petrobras a cancelar o prazo para a extração do primeiro óleo, previsto inicialmente para 2028. Já se fala que, a  depender da dificuldade para a contratação dos navios-plataformas, a nova previsão seja lá para 2031.

Com investimentos estimados em US$ 5 bilhões, o SEAP foi projetado para extrair 230 mil barris de petróleo por dia e 20 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Além disso, contará com um gasoduto de escoamento. O Projeto Sergipe Águas Profundas prevê a instalação de duas plataformas. Inclui também um gasoduto com capacidade para 18 milhões de m³/d de gás natural. A expectativa inicial era que o duto entrasse em operação no ano seguinte ao início da produção nas plataformas.

Com informações do site eixos

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