A Petrobras anunciou que promoverá, ainda este ano, o descomissionamento da plataforma FPSO Piranema, unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás localizada na Bacia de Sergipe-Alagoas, a cerca de 37 km de Aracaju. Isso ocorre quando uma plataforma atinge sua fase final de produção, quando a produção de óleo e gás apresenta-se desvantajosa. Nestas duas hipóteses, são encerradas as atividades, feitas limpeza e remoção de estruturas e recuperação ambiental do local.
Inaugurado em 2007, o Campo de Piranema, onde está a plataforma a ser desativada, começou produzindo apenas 4.254 barris por dia de óleo leve e 1.573 mil m³ / dia de gás, mas prometia ser uma nova fronteira petrolífera para o Nordeste. A expectativa era que ele produzisse algo em torno de 30 mil barris/dia, significando um incremento de produção em Sergipe de 70%. Por isso mesmo, a estatal investiu alto para instalar naquele campo do primeiro sistema flutuante e redondo de produção, armazenamento e exportação de óleo do mundo. O objetivo era minimizar os efeitos da oscilação das ondas do mar.
Apesar do elevado custo de manutenção da estrutura instalada na Bacia Sergipe-Alagoas, a sonhada produção de petróleo e gás jamais ocorreu. Percebendo o fracasso do projeto, em 2018 a Petrobras anunciou o desejo de vender a sua participação total no campo de Piranema. Agora, informa que vai desativar a plataforma redonda e flutuante que foi inaugurada com grande festa pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Projeto único
O casco da plataforma Piranema foi construído no estaleiro Yantai-Raffles, na China, e transportado para a Holanda onde foi instalada a planta de processamento da produção petróleo e gás. Pertencente à empresa norueguesa Sevan Production AS, ela é uma unidade flutuante de produção, estocagem e escoamento de petróleo (FPSO), com capacidade para produzir até 30 mil barris por dia de óleo e estocagem de 300.000 barris.
Por Destaquenoticias