Doce, suculenta, saborosa refrescante e riquíssima em vitaminas. Estamos falando da pitomba, um fruto nativo brasileiro, típico da Amazônia, da Mata Atlântica, comum também em Sergipe e que já tem lugar cativo no coração da população nordestina.
A nutricionista Laiane Nascimento Fraga é doutoranda em Ciências dos Alimentos pela Universidade de São Paulo (USP) e estudou a fundo a pitomba durante seu mestrado, na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Além de ser deliciosa e funcionar como base para licores, doces e geleias, a fruta é rica em vitamina C e antioxidantes, que combatem os radicais livres, relacionados ao desenvolvimento de diversas doenças.
“Pudemos observar que, na composição da pitomba, estão presentes diversas vitaminas, como as do complexo B e a vitamina C, já conhecida por seus benefícios atrelados ao nosso sistema imunológico. Além disso, a fruta contém cálcio, importante para o fortalecimento do nosso sistema ósseo, e fibras, importantes para a regulação do trânsito intestinal”, conta Laiane.
Uma novidade é que a casca da pitomba vem chamando a atenção de pesquisadores. “Nós investigamos também a casca e vimos que ela tem propriedades antioxidantes. Ainda são necessários mais estudos, em especial em animais ou humanos, mas já há bons indícios para investigarmos mais a fundo e explorarmos mais esse fruto, estimulando o consumo”, afirma a pesquisadora.
Diminuição da espécie
Em geral os frutos são extraídos de locais onde existem pitombeiras por ocorrência natural. Com a tendência de crescimento no consumo da fruta, a pressão sobre as árvores pode aumentar, levando até a diminuição da espécie.
Por isso, Laiane defende políticas de incentivo ao plantio e ao cultivo de pitomba, garantindo fartura do fruto na mesa de quem está buscando mais sabor e saúde. “A gente não deve generalizar a ponto de dizer que é o único fruto vai resolver nossa vida, mas a pitomba inserida com outras frutas em uma alimentação saudável e equilibrada, rica em frutas, legumes e proteínas, vai auxiliar na manutenção da saúde e reduzir a ocorrência de doenças crônicas como diabetes e hipertensão”, concluiu Laiane.
Fonte: Site Brasil de Fato (Foto: SEARN)