A Associação de Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom), entidade que representa mais de 40 empresas do ramo em vários pontos do país, afirmou que há risco de desabastecimento nos postos. O anúncio foi feito após as conveniadas terem recebido comunicados da Petrobras que informavam cortes nos pedidos solicitados, em muitos casos de até 50%.
Se de fato faltar combustíveis, a Brasilcom diz que precisará importar o produto e que os custos serão automaticamente repassados aos consumidores, provocando uma disparada ainda maior nos preços da gasolina e do diesel, que já são alguns dos principais vilões na escalada inflacionária que marca a gestão econômica do governo Bolsonaro.
“A consequência desse suprimento (por meio de importação) será o efeito nos preços dos combustíveis, uma vez que, segundo os importadores, os produtos no exterior estão em torno de 17% acima dos produtos locais”, diz um trecho da nota divulgada pela entidade que congrega as distribuidoras brasileiras.
Disparada dos preços
A Brasilcom afirma ainda que caso a importação se confirme, nada poderá ser feito para se evitar a disparada dos preços nas bombas, visto a “impossibilidade de compensar as reduções de fornecimento por meio de contratos de importação, considerando a diferença atual entre os preços do mercado internacional, que estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil”.