Em fiscalização conjunta entre a Delegacia de Repressão a Crimes Rurais e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), foi localizado um abatedouro clandestino na fazenda Cajazeira, no município sergipano de Cedro de São João. O local descoberto nesta quinta-feira (11), fica próximo ao limite municipal da cidade de Propriá. O abate clandestino de animais serve ao fornecimento de carne sem condições sanitárias, com riscos à saúde humana, e tem relação com os crimes de roubo e furto de animais.
Não foram encontrados animais no local, mas foram localizados restos mortais – couro e ossos queimando – que indicam a ocorrência do abate clandestino na propriedade. O delegado Fernando Melo explicou que houve a denúncia de que estaria ocorrendo o abate clandestino na fazenda. “Recebemos a informação de que nesse abatedouro eram abatidos cerca de 100 reses, de procedência duvidosa, não só na questão sanitária, mas com denúncias de ser gado roubado ou furtado”, reiterou o policial.
“Foi constatado que existia o abate, não no volume esperado, mas de uma quantidade grande, que é distribuída no mercado da região, em feiras livres e pequenos açougues. Não apreendemos nenhum animal, tendo em vista que hoje não foi realizado nenhum abate, porém há indícios suficientes que comprovam que não há condições sanitárias e que não se sabe a origem do gado”, ressaltou o delegado.
O fiscal da Emdagro Ruy Fernando detalhou que a atuação da instituição na fiscalização se refere à identificação da documentação sobre o abatedouro. “A nossa parte de fiscalização agropecuária é quanto aos documentos para saber a origem e a procedência do animal, assim como o estado de saúde. O local é clandestino e a procedência das reses é duvidosa. Quando o animal vem para o abate clandestino”, salientou o fiscal.
Investigação prossegue
A Delegacia de Repressão a Crimes Rurais continuará as investigações com o objetivo de identificar os proprietários do local onde funcionava o abatedouro clandestino, que fornecia carne ao comércio local. A Polícia Civil reitera que a população também pode fornecer denúncias sobre crimes na Zona Rural, além de informações sobre os autores de ações criminosas, por meio do Disque-Denúncia (181). O sigilo é garantido.
Fonte e foto: SSP-SE