Favorito para ser candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo pré-candidato Rogério Carvalho (PT), o empresário Marcos Franco (MDB) já disse nutrir simpatia pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que vem a ser inimigo figadal do PT de Lula da Silva. No ano passado, a ser entrevistado pela rádio Fan/FM, o emedebista revelou gostar das ideias do capitão de pijama. Ao Destaquenotícias, o jornalista Sílvio Santos, coordenador da pré-campanha de Rogério, explicou que, caso venha a se coligar com o PT, o MDB sergipano terá que se alinhar à campanha do presidenciável Lula da Silva (PT).
Segundo o portal Fan F1, Marcos Franco disse em 2021, ser um pouco na linha do presidente Bolsonaro, “conservador, de família conservadora, de trabalho, de emprego, dessa parte de anticorrupção que é fundamental. Os pensamentos dele eu acho que são válidos. De vez em quando, eu acho que ele se excede um pouquinho [em] algumas coisas, mas errar é humano”, afirmou. Marcos Franco declarou ainda na entrevista que “tanto Bolsonaro, quanto qualquer outro [político] quer fazer o melhor”, concluiu.
Disputa pelo MDB
A pré-candidatura de Marcos Franco a vice-governador depende da decisão do MDB nacional sobre com quem ficará o partido em Sergipe. Há meses, o senador Rogério Carvalho tenta tomar o comando da legenda, mas esbarra na vontade do ex-governador Jackson Barreto, principal liderança da sigla no estado, de permanecer no agrupamento governista, por onde pretende disputar o Senado. Caso o MDB seja entregue ao grupo político de Rogério, as chances de JB disputar o Senado são zero, pois o desejo dos petistas é que o candidato a senador na chapa de Carvalho seja Valadares Filho, presidente estadual do PSB.
Posição do PT
O coordenador da pré-campanha de Rogério Carvalho, jornalista Sílvio Santos, entrou em contato com o Destaquenotícias para garantir que qualquer aliança política em Sergipe passa obrigatoriamente pela eleição nacional. Em outras palavras: caso ocorra a coligação do PT com o MDB, os emedistas terão que apoiar o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ainda Sílvio Santos, antes de tudo, é preciso definir com quem ficará o hoje governista MDB, pois se a executiva nacional decidir entregá-lo a Jackson Barreto, inviabiliza uma possível candidatura de Marcos Franco como vice na chapa de Rogério Carvalho.