O prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Padre Inaldo (Progressista), disse, nesta terça-feira (22), que está mais preocupado em trabalhar pela população do que com o pedido de cassação de sua candidatura à reeleição apresentado pelo Ministério Público Eleitoral. Ele não acredita que a Justiça anulará as eleições: “Este é um assunto levantado pela oposição, que busca gerar instabilidade política no município”, afirma o gestor. Na ação, o MPE também pede a inelegibilidade do prefeito por oito anos.
Segundo Padre Inaldo, a acusação de que ele comprou votos durante a campanha não tem sustentação legal. “Estão fazendo referência ao caso da cadeira de rodas, que eu doei a uma pessoa. Não houve compra de votos, apenas ajudei uma pessoa, coisa que sempre fiz a vida toda, com recursos do meu salário’, explicou. Ainda sobre a oposição, o prefeito afirma que “esse pessoal não está conformado com a derrota nas urnas, mas, graças a Deus, a gente vive numa democracia e o povo de Nossa Senhora do Socorro reconheceu o trabalho que vem sendo desenvolvido”, concluiu.
O pedido de cassação
No pedido de cassação da candidatura do Padre Inaldo, o promotor eleitoral Sandro Luiz da Costa afirma que o acusado fez campanha eleitoral oferecendo benefícios aos eleitores em troca de votos. Segundo ele, consta dos autos do inquérito aberto pela Polícia Federal que o então candidato fez campanha eleitoral “com distribuição de telhas de Eternit no valor de R$550 para uma cidadã em troca dos votos da beneficiária e da família desta”.
Na ação também consta que o MP Eleitoral teve acesso a um vídeo gravado em uma reunião em que supostamente o prefeito Padre Inaldo pagou o valor de R$ 550 a uma pessoa que estava na reunião para cobrir o valor do cartão de crédito que teria sido utilizado para comprar as telhas. “Na referida reunião o representado deu R$550 em espécie (em cédulas de R$50,00) para […] com o objetivo cobrir o cartão de crédito desta”. Por fim, o promotor pediu a Justiça, além da cassação da candidatura do Padre Inaldo e do seu vice, Manoel do Prado Franco Neto (DEM), a inelegibilidade de ambos.