O Ministério Público Federal já instaurou procedimento contra o prefeito de Itabi, Júnior Amynthas (DEM), filmado furando a fila da vacina contra a convid-19. Os promotores apuram se o demista cometeu ato de improbidade administrativa ao figurar entre os primeiros vacinados do município, mesmo não sendo do grupo de risco, nem profissional da saúde. Apenas 31 doses da vacina chegaram em Itabi, uma quantidade insuficiente para imunizar sequer os trabalhadores da saúde. Além do prefeito sergipano, “furas-filas” estão sendo investigados em outros 10 estados.
Diante da repercussão negativa, o prefeito Júnior Amynthas disse ter sido aconselhado a furar a fila para dar o exemplo à população, que estava receosa com a vacina. Depois, admitiu candidamente ter errado e pediu desculpas porque tomou a vacina que deveria ter sido aplicada em um idoso, numa pessoa com comorbidade ou em um profissional de saúde daquele município. Assim que soube da atitude condenável do prefeito, o governador Belivaldo Chagas (PSD) determinou que a Procuradoria Geral do Estado avaliasse a possibilidade de denunciá-lo ao Ministério Público de Sergipe.
O Plano Nacional
Elaborado por representantes de órgãos governamentais e não governamentais, como sociedades científicas e conselhos profissionais e de secretários de Saúde, o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 define a estratégia nacional de enfrentamento à pandemia e a ordem de vacinação. Entre outras coisas, o plano estabelece como prioritária a vacinação de profissionais de saúde, principalmente os que estão na linha de frente do atendimento a pacientes com coronavíruis; idosos acima de 60 anos vivendo em instituições de longa permanência (asilos e casas de repouso); portadores de deficiência com mais de 18 anos institucionalizados e indígenas de terras homologadas.