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Presos suspeitos pelas mortes de policiais

A Polícia já prendeu três suspeitos pelos crimes (Foto: Aracaju Trânsito On)

Sete ciganos, sendo cinco homens e duas mulheres, foram presos como suspeitos pelo assassinato dos policiais civis Marcos Luis Morais e Fábio Alessandro Pereira Lopes, ambos de 47 anos. O crime ocorreu, na manhã desta quinta-feira (17), no município de Umbaúba, zona sul de Sergipe. Os dois agentes foram fuzilados no meio da rua enquanto investigavam crimes contra o patrimônio que estariam sendo praticados por ciganos. As prisões ocorreram na BR-101, mas ainda não é possível afirmar se os detidos possuem envolvimento com a morte dos agentes. “É muito prematuro afirmar que eles são os autores. Assim que chegarmos a uma conclusão, informaremos à sociedade sergipana”, detalhou o delegado-geral da Polícia Civil, Thiago Leandro.

Os policiais Marcos Luis Morais e Fábio Alessandro Pereira Lopes

O coordenador das Delegacias do Interior, delegado Jonathas Evangelista, também está na região sul de Sergipe acompanhando as investigações pessoalmente. Diversas unidades da Polícia Civil estão dando total suporte ao trabalho de campo. Ainda não se sabe as circunstâncias dos crimes e nem quantos criminosos participaram do fuzilamento dos policiais Marcos Luis Morais e Fábio Alessandro Pereira Lopes. Participam das diligências a Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci), o centro de operações Policiais Especiais (Cope), a Polícia Militar  e a Polícia Rodoviária Federal.

Nota da OAB

A seccional sergipana da Ordem dos Advogados de Sergipe (OAB) emitiu nota pública lamentando o assassinato dois dois poli]ciais civis.

“A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe, através da Comissão de Direitos Humanos e da Regional de Estância, vem a público manifestar profundo pesar pelo assassinato brutal e covarde de Marcos Luis Morais e Fábio Alessandro Pereira Lopes, Agentes de Polícia Civil.

Os dois agentes, que estavam no exercício de suas funções, foram baleados e mortos por disparos de armas de fogo. Mais uma vez a sociedade sergipana é assustada com a afronta ao Estado Democrático de Direito e à segurança pública do nosso estado.

Manifestamos nossa solidariedade à família dos agentes, por tão dolorosa perda, e estendemos votos de conforto aos amigos, aos colegas de trabalho e a todas as instituições de segurança pública enlutadas neste momento de extrema dor.

Infelizmente, mais uma vez as notícias de assassinatos de agentes de segurança pública em Sergipe assustam toda sociedade pela brutalidade e pela afronta ao estado.

Conclamamos mais uma vez às autoridades da segurança pública a adoção de medidas urgentes e essenciais para que tragédias como esta não se tornem uma rotina nas forças de segurança.

A advocacia e a sociedade estão consternadas e lamentam profundamente a perda de vidas em decorrência da horrenda e assustadora violência. Os brutais assassinatos demonstram mais uma vez a presença assustadora da violência no Estado e que atinge até mesmo os profissionais da segurança pública, revestidos de importante missão perante a sociedade.

Deve-se destacar ainda que as políticas armamentistas de flexibilização do porte e posse de armas de fogo para sociedade, levadas a efeito pelo Governo Federal, têm contribuido significativamente com o aumento de circulação de armas de fogo em meio à sociedade civil, contribuindo também no aumento exponencial de homicídios em todo Brasil, sendo que em Sergipe a aquisição de armas de fogo praticamente dobrou em relação ao ano de 2019, o que contribui para uma cultura e um ciclo de violência.

Não se pode incentivar e patrocinar campanhas armamentistas ou políticas que visam derramar armas na sociedade. Já é demonstrado que armas tendem a aumentar o número de crimes violentos.

É neste sentido que a OAB/SE reafirma a urgente necessidade do governo priorizar investimentos para reestruturar a polícia e todo sistema de segurança, otimizando as condições de desempenho profissional, e a implantação de políticas públicas eficientes de prevenção e combate à violência, que são cada vez mais urgentes para a sociedade sergipana”.

Fonte: SSP/SE

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