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Produtores de Lagarto apostam no plantio de fumo

A boa irrigação é de suma importância para o fumo

Os bons resultados alcançados na safra do fumo no ano passado, animaram os produtores de Lagarto. No Perímetro Irrigado Piauí, cerca de 100 hectares são ocupados pela plantação de fumo. Na época de colheita, de setembro a dezembro, pelo menos duas vezes por semana saem carregamentos para indústrias locais e, em boa parte, para o estado de Alagoas. A Companhia Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), auxilia na manutenção da produção, fornecendo água para irrigação das plantações e assistência técnica agrícola dentro do perímetro.

A colheita do fumo é realizada de forma manual, através da mão de obra local. O produtor rural, Deleon Manuel, conta como é feito esse processo. “Nós plantamos e, à medida que vai crescendo, a gente faz a ‘capa’ (corte), assim sempre renovando, crescendo e capando. O ponto certo para fazer esse corte é quando a folha está ficando amarelada e inchada”, explica. Após o processo de seleção das folhagens, elas são espalhadas em arames e expostas ao sol para dar início à etapa de secagem. Alguns cuidados são tomados para não haver perda das folhas, como por exemplo, sua posição, para evitar o acúmulo de água em dias chuvosos.

Logo em seguida, o fumo é triturado, prensado e enrolado. Assim, inicia-se uma segunda etapa, que o agricultor Antônio Carvalho chama de processo de ‘cura do fumo’. “Pegamos o rolo triturado e prensado e colocamos no sol; depois de um tempo, viramos de volta para o sol e assim sucessivamente. Desse jeito, ele vai curando, ficando mais escuro e com o cheiro mais forte. O ponto de cura ideal é quando o rolo do fumo está completamente duro, seco e na coloração preta. Geralmente ficam expostos ao sol por um período de 60 a 90 dias”, afirma. Após todo este processo, o fumo é comercializado em cordas, que formam grandes rolos. Em 2019, o preço do quilo do fumo beneficiado alcançou R$ 15, e R$ 4 o quilo da folha entregue aos produtores que fazem a cura.

Para Gildo Almeida, técnico da Cohidro, uma boa irrigação é de suma importância para o fumo e outros cultivos. “Se não houver o bombeamento que o perímetro faz, a água não chega na plantação. Além do fumo, auxiliamos o desenvolvimento de outras culturas. São quase 30 tipos de culturas produzidas o ano inteiro. É muito gratificante ver a satisfação do produtor como resposta aos nossos serviços”, relata. No Perímetro Piauí, 421 lotes são irrigados durante todo o ano, beneficiando 3.515 pessoas diretamente com o serviço mantido pelo Governo do Estado. Anualmente, é colhida uma produção média que se aproxima das 10 mil toneladas, entre alimentos e outros produtos de consumo, como fumo, material forrageiro

 

 

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