O professor do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde e chefe do Laboratório de Patologia Investigativa da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Paulo Ricardo Martins Filho, está entre os cinco pesquisadores que mais fizeram publicações científicas sobre a covid-19 no Brasil. A informação foi divulgada pelo Jornal da USP, através de um levantamento realizado pela Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica, com base em informações da plataforma Dimensions.
Martins aparece na lista com 16 publicações relacionadas ao novo coronavírus desde o início da pandemia. Além dele, de acordo com o levantamento, os cientistas que mais publicaram sobre o tema no país são: Maria Giovanetti e Julio Henrique Rosa Croda (Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz), Massimo Ciccozzi (Università Campus Bio-Medico di Roma – UCBM), e George Kroumpouzos (Faculdade de Medicina de Jundiaí – FMJ).
“É um resultado extremamente importante, porque mostra a força da UFS na produção de conhecimento científico no enfentamento à covid-19. Obviamente, isso é fruto de um trabalho conjunto, que inclui alunos de mestrado e doutorado da nossa instituição, além de diversos colegas de trabalho. É uma honra estar figurando nessa lista, mas ainda temos um longo trabalho pela frente, pois ainda há muito a ser feito nessa caminhada,” frisou o professor. Recentemente, ele publicou cinco novos papers, que ainda não foram computados pela plataforma, totalizando 24 publicações sobre o novo vírus respiratório.
Doutor em Ciências da Saúde pela UFS, Martins reúne mais de 140 publicações em revistas científicas internacionais ao longo da carreira. Ele tem experiência em epidemiologia, estatística e revisões sistemáticas e meta-análises em saúde. É professor do Departamento de Educação em Saúde, do campus Antônio Garcia Filho, em Lagarto, e dos programas de Pós-graduação em Ciências da Saúde e em Odontologia.
Para o pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa da UFS, professor Lucindo Quintans, “esse é um resultado muito importante para o nosso estado de Sergipe, mostrando que temos pesquisadores que, além de transitarem na fronteira do conhecimento, têm trazido inovações e descobertas sobre essa nova doença, desde o tratamendo de pacientes a melhor compreensão da contaminação, e, principalmente, agregando valor ao conhecimento científico já existente no mundo. Isso sem dúvidas é muito gratificante.”
Brasil
O levantamento da USP ainda aponta que a Dimensions contabilizou 4.029 publicações sobre a doença este ano no país. A maioria são artigos (3.542) e preprints (468), das áreas de ciências médicas e da saúde (2.204), ciências biológicas (207) e sociologia (183). A Universidade de São Paulo concentra a maior produção entre as instituições de pesquisa brasileiras, com 729 publicações sobre o tema. Em seguida, estão a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Mundo
Até o último dia 17 de outubro, foram produzidas e registradas 168.546 publicações sobre covid-19 no ano de 2020 em todo o mundo. A maioria das publicações são artigos (132.406) e pre-prints (29.349), que são versões prévias de textos científicos. A plataforma não inclui dissertações e teses. Do total de publicações registradas, 90.961 são sobre ciências médicas e da saúde, 8.850 sobre ciências biológicas e 8.234 sobre sociologia. Os países com maior número de publicações são Estados Unidos (34.129), China (15.990) e Reino Unido (14.724). O Brasil, por sua vez, é o 11º país que publicou trabalhos sobre covid-19, à frente de países como Holanda, Suíça e Japão.
(Josafá Neto, Rádio UFS)