Os membros do Diretório do Partido dos Trabalhadores em Sergipe, representando todas as forças políticas internas da sigla, reuniram-se ontem, no Hotel Real Classic, em Aracaju, para fazer análise de conjuntura – local/nacional -; discutir as eleições municipais de 2016 e apresentar o crescimento do partido, em todo o Estado.
Vários filiados se revezaram em aprofundadas análises e um ponto comum entre eles é a necessidade do Partido defender o mandato da presidenta Dilma Rousseff, que vem enfrentado graves problemas políticos, que terminam contaminando o ambiente institucional e econômico. Consideram que um processo de impeachment cria graves problemas para a imagem do País e para a normalidade democrática, por isso, “defender o mandato da presidenta Dilma é defender o País”, afirmam.
O deputado federal João Daniel (PT) fez a defesa do mandato da presidenta Dilma Roussef (PT), mas alertou que há erros do governo na condução da política econômica, que termina comprometendo os programas sociais do governo. “Os problemas que nosso governo enfrenta são provocados pela política econômica contrária ao que defendemos nas eleições. O ministro da fazenda, Joaquim Levy, não representa a política econômica do PT. Essa é uma reflexão da nossa bancada na Câmara Federal. O PT está desgastado junto à população e constantemente ameaçado de impeachment. É preciso mudanças na direção da economia, mudanças que se aproximem das bandeiras que o partido defende”, disse.
Para o parlamentar, a presidenta Dilma Rousseff precisa ouvir mais o PT e o PCdoB, que são aliados leais a ela e que durante o processo de discussão das reformas, esses partidos não foram chamados para participar e opinar. “Como vamos chamar os movimentos sociais para a luta se nosso governo não ouve sua base?” questionou.
Já o presidente do Diretório Estadual do PT, Rogério Carvalho, considerou muito grave as tentativas de se tirar o mandato da presidenta Dilma Rousseff, com os frágeis argumentos apresentados pela oposição. Ele se mostrou decepcionado com a postura antidemocrática assumida pelo ex-presidente da república, Fernando Henrique Cardoso (PSDB/SP) e pelo senador Aécio Neves (PSDB/MG), derrotado nas últimas eleições. “O que estão fazendo com o PT é um crime contra o Brasil. Um golpe seria trágico para o País, para a visão do Brasil como um País. O que assusta é ver o ex-presidente FHC patrocinando, brincando com uma coisa tão séria. Impressiona ver um candidato que foi governador de Estado patrocinar e defender o golpe”, disse, referindo-se ao senador mineiro Aécio Neves.
Rogério Carvalho vê na unidade do partido a chave para virar o jogo e voltar a comandar as mudanças que melhoraram a vida da população e a situação do País. Exaltou a força do Partido e de cada petista, a força da militância no enfrentamento da crise e que é fundamental que os petistas estejam unidos para atravessar o pior momento do partido, desde sua fundação. “Não é hora de brutalidades e ameaças! A hora é de união! O PT se fortalece na luta política, na construção coletiva. O PT não chegou à presidência à toa, chegou porque foi capaz de produzir novos sujeitos na construção do nosso País”.
Eleições de 2016
Apesar da crise de imagem que o partido enfrenta, em Sergipe a direção da sigla comemora a chegada de 1,2 mil novos filiados, que acreditam no partido e querem se somar em sua defesa e ajudar na construção de novos tempos. Segundo seus dirigentes, a chegada dos novos militantes neste momento dá especial significado aos antigos e aos novos filiados, e que o partido precisa se fortalecer para os embates eleitorais futuros, não apenas na disputa do espaço, mas no debate de políticas públicas que não permitam o retrocesso nas conquistas trazidas até agora pelos governos Lula e Dilma.
A política tem revelado novos nomes em todos os partidos e o PT precisa ampliar seu quadro de filiados para chegar em 2016 fortalecido e com maior capacidade de disputa, afirma Rogério, que prefere não dar números, mas avalia que o partido participará ativamente nestas eleições municipais de 2016, com possibilidades reais de vitória em vários municípios. “Minha tarefa agora é ficar em Sergipe e trabalhar pelo meu partido para as eleições de 2016, definir com nossa militância, nos diversos municípios, a melhor estratégia de disputa e fortalecimento do partido”, finalizou Rogério.
Homenagem a Dutra
A reunião foi encerrada em clima de harmonia, com um convite para que todos participem, no dia 06/11, de uma homenagem diferente ao companheiro Zé Eduardo Dutra, falecido no início deste mês (04). É o Quintal Cultural Especial “Zé Eduardo, presidente”, na sede do partido, que contará com a apresentação musical de filiados e militantes, lembranças do companheiro e confraternização entre os petistas.
Fonte/Ascom do PT/SE