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Quando a Mesa cola com o Bar

Por Elton Coelho*

No Bar do Camilo, ali beirando os aratus, caranguejos e siris da Coroa do Meio e bem próximo ao antigo Augustu’s, tenho me encontrado. Também pelo ambiente natural e afrodisíaco e pela quantidade de pessoas que o circundam de diferentes matizes.

De Bittencourt a Nildete, de Marcos Cardoso a Sílvio Santos, de amigos de ontem aos de hoje, da política ao empresariado, há ali um ambiente favorável para um bom papo, sem segregação.

Boa mesa com os amigos Silvio Santos e Marcos Cardoso

Sexta-feira foi dia de improviso. Assim que me postei, só e ávido por uma verdinha relaxante, interrompi o também solitário Sílvio Santos, amigo petista de outras datas, que estava a se despedir. Relutei e ganhei um bocadinho de sua companhia.

Já devidamente acordado, esperava o Marcos Cardoso pra uma prosa. Certeiro, foi logo dando as cartas e impediu a partida de Sílvio. Aí já viu, né?

Da Perestroika à Glasnost, da China à Rússia, do PT à esquerda e direita, das eleições em Aracaju ao futuro de Sergipe, da mangaba à maçaranduba, do Sergipe ao Botafogo, de tudo teve um pouco, num bate-papo recheado de tons futuristas.

Assim ocorreu esse prazeroso encontro. Deste que há muitos fazíamos no mesmo “time”, aqui ou acolá, reunindo nas noites de quartas-feiras nós mesmos, com as companhias fidalgas de Cleomar Brandi, Ofélia Onias, Cristina Almeida, Diógenes Barreto, Adiberto de Souza, Gilson Souza, Eugênio Nascimento, Osmário, Pedro, Giselda, Luiz Fernando, dentre outras figuras que transformavam a mesa do bar numa plenária da vida social e política.

E cá estamos revivendo estes momentos. Ali, os rubros do Gipão açoitados — eu, Cardoso e Sílvio — fizemos planos pra uns próximos encontros, talvez ainda de forma reservada pra estartar a boa convivência e provocar a degustação de amizades que andam em falta, ora pelo contato do “grambel”, ora pela presença humana. Tocar, sentir, se jogar num bom papo sem infinitos ideológicos ou momentâneos.

Isso é viver! Ali senti isso!

*É jornalista.

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