Pesquisa realizada pela Revista Fórum, entre os dias 8 e 11 deste mês, com 956 entrevistados, mostra que a oposição ao isolamento social como forma de combater o coronavírus está concentrada nos mais ricos, nos empresários e nos aposentados. Ressalte-se que o número de entrevistados que afirmou ser contra a quarenta é baixo, apenas 13% do total de entrevistados. A maioria, 81%, é a favor.
Entre os entrevistados que afirmaram serem contra o isolamento social (10%), estão os que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.090). Já os que recebem mais de 50 salários mínimos (R$ 52.250) chegam a 20%. A maior oposição à quarentena está em uma faixa de rendimento ainda elevada, de 5 a 10 salários mínimos (entre R$ 5.225 e R$ 10.450/mensais), que soma 23% das respostas.
O empresariado é, naturalmente, o maior defensor da retomada das atividades. Afinal, pode apenas abrir o seu negócio e colocar os outros para trabalhar (e se arriscar) em seu lugar. Entre os que responderam ser contra o isolamento na pandemia, empresários somam 32%. Em seguida aparecem profissionais liberais (22%), aposentados (22%) e trabalhadores eventuais ou freelancers (16%).
Aposentados são contra
Curiosamente, aposentados, que não trabalham e são mais vulneráveis ao coronavírus, representam parte importante dos que querem o fim do isolamento social. O que também explica a mais incidência de oposição à quarentena entre os mais velhos.
Pessoas com mais de 60 anos são a maioria entre os que afirmaram serem contra o isolamento, com 20%. Entre os demais opositores das medidas restritivas, 12% têm entre 45 e 59 anos, e 18%, entre 35 e 44. Entrevistados de 25 a 34 anos respondem por apenas 9% e 8% estão na faixa de 16 a 24 anos.
Na outra ponta, o apoio às medidas de isolamento é amplamente maior entre os jovens. A taxa dos que responderam serem favoráveis a manutenção da quarentena durante a pandemia chega a 85% entre os que têm 16 a 24 anos, 84% dos 25 aos 34 anos e 77% dos 35 aos 44 anos.
Fonte: revista Fórum