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Cumbuca, uma imersão na cultura sergipana

Editor da Combuca desde o primeiro número, Amaral morreu em julho passado

Sete anos enaltecendo a cultura sergipana de maneira a instigar o leitor a fazer uma viagem pelo passado. A revista Cumbuca sobre a batuta do jornalista Amaral Cavalcante, que morreu vítima da Covid-19 no dia 7 de julho passado. Desde a sua criação, a Combuca foi um projeto cujo objetivo era ser diversa.

O idealizador e principal incentivador deste empreendimento cultural foi o ex-governador, Marcelo Déda que convidou Amaral Cavalcante para ser o ‘mestre regente’ da Cumbuca. Em julho de 2013, ocasião do lançamento das duas primeiras edições Amaral Cavalcante disse. “Esta é uma publicação, um projeto aberto voltado à diversidade cultural e conquistas contemporâneas, promovendo um diálogo entre gerações”. E assim foi, uma publicação com linha editorial apurada, que reuniu todas as tribos e projeto gráfico de ‘encher os olhos’.

O jornalista Rian Santos, presença constante na Cumbuca, em novembro de 2014 – ocasião do lançamento da sexta edição enfatizou. “Nenhuma outra publicação local foi tão longe sem arredar o pé do próprio quintal”. Ele tem razão, a revista sempre fez a alegria dos amantes da cultura, ‘matou’ saudades dos sergipanos que residem em outras terras. Uma das preocupações de Amaral era sua distribuição, fazia questão que a Livraria Escariz as bibliotecas, arquivos públicos e colaboradores recebessem a publicação, bem como fosse enviadas para agentes culturais do Brasil e exterior.

Nove colaboradores

A 28ª edição da revista Cumbuca foi a última publicação editada por Amaral Cavalcante, uma grande contribuição para a cultura sergipana. A publicação convida o leitor a fazer uma viagem pela cultura sergipana por meio de textos e fotografias.

A Cumbuca nessa edição conta com nove colaboradores e tem capa de Fábio Sampaio, uma obra que compõe a série Serigy or not Serigy, além disso, três textos fazem uma homenagem ao Bicentenário de Sergipe.

A homenagem à Amaral Cavalcante é realizada no texto sobre o jornal alternativo que ele criou há 39 anos, o ‘Folha da Praia’. O jornalista Yago Andrade apresenta a criação e a importância que o jornal Folha da Praia tem para Sergipe. A reportagem tem autenticidade no enredo que volta no passado com a melhor exatidão, sendo assim, oferece ao leitor uma experiência incrível. O texto contou com a colaboração dos jornalistas Cândida Oliveira e Gabriel Menezes.

O presidente da Segrase, Mílton Alves destacou a importância de Amaral Cavalcante para a cultura sergipana. “A Cumbuca espelha a riqueza cultural que traduziu o que foi Amaral Cavalcante. Ele nos deixou um grande legado na área cultural. A ele um eterno obrigado”.

Viagem pelo passado

A revista busca enaltecer a cultura de maneira que instiga o leitor a fazer uma viagem pelo passado sergipano. As comemorações do centenário de Independência de Sergipe é o assunto que abre esta edição, um texto da historiadora Terezinha Alves de Oliva. Ela descreve como foram. Já a historiadora Edna Maria Matos relembra de como foram as dificuldades que Sergipe enfrentou para ter sua autonomia. Ainda faremos uma viagem junto com o historiador José de Almeida Bispo, que dá destaque ao herói ignorado ‘José Matheus da Graça leite Sampaio’, uma personalidade que teve papel importante para a construção de Sergipe.

Francisco Gualberto apresenta sua criatividade e talento nas suas poesias.  A cordelista Izabel Nascimento faz uma homenagem ao poeta João Firmino Cabral que se estivesse vivo completaria 80 anos em 2020. O rapper Hot Black apresenta para os leitores da Cumbuca os eventos culturais de músicas que acontecem em Sergipe. Ele também mostra a trajetória e a resistência que esse som possui até hoje.

O historiador Claudefranklin Monteiro narra de maneira intimista a trajetória da Santa Isabel e as comemorações das festas juninas. O jornalista Gilfrancisco Santos apresenta a biografia e às obras do poeta-pintor Jordão Oliveira. O design gráfico e a diagramação contam com as mãos de três mulheres talentosas: Clara Macedo, Gabi Etinger e Liz Carvalhal. A produção é da jornalista Cândida Oliveira e a revisão de Yuri Gagarin.

 

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