A culinária sergipana é um festival de gostos, aromas e cores. É rica nos temperos característicos da região Nordeste. Peixes, carnes, frango, mariscos, crustáceos, tipicamente temperados, dão riqueza à mesa, multiplicando os sabores de norte a sul do estado. Nas praias do Abaís e do Saco, em Estância, é possível encontrar a saborosa moqueca de siri na palha da pindobeira, que produz o saboroso ouricuri. A típica carne de sol recebe um importante parceiro que é o pirão de leite.
Nos bares de Sergipe – e são muitos -, é comum “quebrar o caranguejo” temperado com vinagrete e saboreado com cerveja, uma mistura inigualável. O prato é tão apreciado, que deu nome à “Passarela do Caranguejo”, um espaço na Orla de Atalaia, em Aracaju, repleto de bares e restaurantes. Os caldinhos de frutos do mar (siri, sururu, aratu, caranguejo, etc e tal) enriquecem o cardápio. O guaiamum é outra iguaria presente nas mesas dos sergipanos. Gordo, o crustáceo sempre chega à mesa na companhia de um saboroso pirão, pimenta e da cerveja gelada. É uma farra!
Extraída da mandioca, a tapioca é a matéria prima para o popular beijú, com sua variação doce conhecida como “beijú-molhado”, além de bolos, mingau e biscoitos variados. Ainda é comum escutar nas ruas das cidades sergipanas os pregões dos vendedores ambulantes: “sarôio, pé-de-moleque, beiju molhado e malcasado”. O milho é outra base para diversos pratos apreciados pelos sergipanos. O cuscuz é um saborosa presença na mesa das famílias, mas especialmente no período junino quando as comidas típicas como a canjica e o mungunzá ganham mais evidência. Sem esquecer da macaxeira, prato muito apreciado.
O amendoim cozido é uma verdadeira paixão do sergipano. Apreciado também torrado ou aromatizando os licores artesanais produzidos em alguns municípios sergipanos. A bebida é feita também com frutas como o caju, cajá e mangaba. Essa última é o fruto símbolo do estado, que é o maior produtor nacional. A água e a carne do coco, fruto característico de regiões costeiras, também são bastante apreciados.
Os doces são igualmente fartos e variados – tortas, cremes, bolos, biscoitos, doces de calda e de pasta, utilizando o caju, a banana, a goiaba, a jaca, o leite e outros componentes. As queijadas presentes na histórica São Cristóvão são um atrativo à parte.
Muitas destas iguarias são consideradas Patrimônio Cultural Imaterial. Transformar pratos típicos em patrimônio imaterial foi uma forma de padronizar o modo de fazer dessas iguarias e seus ingredientes. Entre esses alimentos que são símbolo da sergipanidade estão o beiju da tapioca, beiju macasado, beiju saroio, doce de pimenta do reino, queijada, manuê, bolachinha de goma e o amendoim verde cozido.
Fonte: Ascom/Governo (Crédito/PMA)