Chegar ao posto de gasolina e pedir ao frentista que complete o tanque do carro, algo que virou luxo para grande parte da população, não é problema para os parlamentares. Quem ocupa uma vaga no Senado tem direito a uma cota de R$ 21 mil a R$ 44,2 mil (dependendo do estado) para gastar com itens como combustível.
E o maior gastador com combustíveis é o senador licenciado Ciro Nogueira (PP-PI), atual ministro da Casa Civil. Desde o começo de 2019 Ciro gastou R$ 570,4 mil com essa rubrica. De Sergipe, quem mais gastou para abastecer o carro foi o senador petista Rogério Carvalho: R$ 130.769,14. O senador Alessandro Vieira (Cidadania) gastou apenas R$ 6.476,47, enquanto a senadora Maria do Carmo Alves (DEM) não aparece no levantamento feito pelo portal Congresso em Foco.
A verba a que têm direito é o chamado “cotão”, valor mensal para gastos no exercício do mandato e que cobre despesas com deslocamento, hospedagem, alimentação, gráfica, etc. Funciona assim: o senador(a) gasta, apresenta a nota fiscal ao Senado, e o valor é reembolsado. Tudo isso, por lei, deve ser informado pelos parlamentares e pela Casa de forma transparente e clara.