Neste Sábado de Aleluia é dia de se queimar bonecos de Judas, mas antes o danado será malhado em praça pública, com direito a leitura de seu jocoso testamento: “Pra Beto de Nicinha/ que não tenho o que deixar/ deixo minha cama velha/ e um penico de mijar”.
Nessa época do ano, é comum andar pelas ruas, praças e avenidas das cidades sergipanas e encontrar os famoso bonecos de Judas sendo vendidos para serem queimados. É a tradicional malhação de Judas. Na Grande Aracaju um “Judas” pode ser comprado entre R$ 40 a R$ 100.
Os bonecos podem ser caracterizados por inúmeros personagem, como: políticos, jogadores de futebol, ditadores, personagens de novelas, entre outras. Mas essa tradição tem um significado cristão que muitas vezes é esquecido pela euforia da brincadeira.
A queima de Judas, que simboliza a morte de Judas Iscariotes, que por 30 moedas de prata entregou Jesus aos soldados romanos para ser crucificado, é uma tradição vigente em diversas comunidades católicas e ortodoxas, que foi introduzida na América Latina pelos portugueses e espanhóis.
A brincadeira consiste em surrar um boneco do tamanho de um homem, forrado de serragem, trapos ou jornal, pelas ruas de um bairro e atear fogo a ele, normalmente ao meio dia, para simbolizar a morte do traidor de Jesus.