Em relação ao mês de fevereiro passado, houve uma redução da intensidade de seca fraca nos territórios sergipanos. Segundo a meteorologista Wanda Tathyana de Castro Silva, a partir dos dados do Monitor de Secas, foi possível observar que, embora o agreste central e médio sertão continuaram apresentando esta intensidade de seca em toda a sua totalidade, ela permaneceu apenas em partes das áreas do centro-sul, leste sergipano e baixo São Francisco.
A técnica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) destacou ainda que a seca se manteve com intensidade moderada no território do alto sertão e deixou de existir nos territórios do sul sergipano e da grande Aracaju. A meteorologista afirma que o fenômeno climático El Niño está enfraquecido, mas as altas temperaturas devem prevalecer, fazendo com que a evapotranspiração continue elevada e, consequentemente, haja diminuição das umidades do ar e do solo.
Oceano aquecendo
“Em contrapartida, o Oceano Atlântico está aquecido e, ainda no outono, a neutralidade climática deve começar a atuar, facilitando a chegada de sistemas meteorológicos. Com isso, a predominância é de condições para ocorrência de chuvas, variando de normal a acima da média. Espera-se, portanto, episódios de chuvas que tendem a contribuir com a diminuição do agravamento das condições de seca nos próximos meses”, avaliou Wanda Tathyana.
Vale salientar que a intensidade de seca fraca causa impactos negativos no plantio de culturas e nas pastagens, enquanto a condição de seca moderada, além de gerar danos às culturas e pastagens, contribui para os baixos níveis de água nos reservatórios.
Fonte e foto: G/S