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Pesquisa diz que consumidor faz dívidas até para comprar comida

Grande parte das dívidas se concentra no cartão de crédito

As famílias continuam altamente endividadas e o quadro de inadimplência segue o mesmo ritmo. É o que aponta a mais recente pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que traz novo recorde no número de endividados no mês de agosto, de 72,9%. O percentual corresponde a 11,89 milhões de famílias com alguma dívida em aberto.

A pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor (Peic) aponta que grande parte das dívidas dos consumidores, cerca de 83%, se concentra no cartão de crédito. Isso porque, nos lares de renda mais baixa, o crédito tem sido utilizado até para adquirir itens essenciais, como comida. “Com a alta inflação sobre itens essenciais na cesta de consumo das famílias de menor renda, (as famílias) acabam tirando espaço do orçamento e se endividando mais para consumir itens de primeira necessidade, como alimentos. O dinheiro não está chegando ao fim do mês e as pessoas estão usando o cartão de crédito para fazer essa cobertura”, explica Izis Ferreira, pesquisadora responsável pelo levantamento da CNC.

Salvação dos informais

Na análise da Peic, a CNC aponta como principais fatores para alta manutenção do endividamento das famílias a expansão do acesso ao crédito, o alto índice de desemprego e a inflação elevada. Na avaliação do presidente da entidade classista, José Roberto Tadros, grande parte das dívidas é de trabalhadores informais que recorrem ao crédito para investir em pequenos negócios. “Mas há uma necessidade grande de planejamento do orçamento familiar para que esse alívio não vire um problema ainda maior do que o que se tinha inicialmente, uma bola de neve”, alerta.

Os dados da pesquisa apontam que o acesso ao crédito pelos consumidores atingiu 19,2% no primeiro semestre de 2021. A taxa é a maior desde o início de 2013. O crédito mais acessível, com taxas de juros mais baixas, contribuiu para o aumento gradual do endividamento, que foi acompanhado, também, pela alta na inflação. Os dados demonstram que, desde novembro, quando estava em 66%, o endividamento teve elevações consecutivas.

Fonte e foto: Correio Braziliense

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