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Seis tartarugas são encontradas mortas na orla de Aracaju

Principal suspeita do técnicos é que as tartarugas foram vítimas das redes de pesca

Somente nesta quarta-feira (14), seis tartarugas mortas foram localizadas nas praias de Aracaju. Até o momento, o Núcleo de Desenvolvimento Institucional da Fundação Mamíferos Aquáticos não sabe a causa das mortes dos quelônios, mas suspeita que eles podem ter sito vítimas das redes de pesca.

Reportagem de Tatiana Maria, publicada no portal ANDA, revela que mal começou este amo o período de pesca de camarão na costa sergipana e os impactos da prática já são devastadores. Além do camarão, que é liberado para a caça duas vezes ao ano, as tartarugas também sofrem com essa ação humana.

No último período de pesca que ocorreu entre 1º de dezembro a 15 de janeiro de 2016 e 1º de abril a 15 de maio de 2017, 45 animais foram assassinados.

Segundo dados do Projeto Tamar só neste ano nos municípios de Aracaju, Abaís, Ponta dos Mangues e Pirambu, foram encontradas mais de 75 tartarugas mortas, em sua maioria da especie Oliva.

Para Fábio Lira, biólogo e pesquisador do Tamar, a permissão da pesca do camarão é a principal causa das mortes. “Assim que acabou o período de resguardo, no dia 16 de janeiro, que aumentou o número de tartarugas mortas e com ovos”, afirmou.

Totalizando mais de 120 mortes apenas desta espécie, esses assassinatos em massa na biodiversidade brasileira é uma prática infelizmente comum. Estima-se que a cada mil tartarugas que nascem, apenas uma chegue a fase adulta.

De acordo com Fábio, todas as espécies possuem uma importância para o equilíbrio ambiental. Hoje, a tartaruga está ameaçada de extinção e ocupa na fase adulta, o topo da cadeira alimentar marinha. “A morte delas causa um desequilíbrio grande. A ação antrópica é o principal problema, e a pesca é tida no mundo como a atividade mais impactante para a população de tartarugas marinhas”, destacou.

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