Sergipe já conta com sete misturadoras de fertilizantes. Entre elas, quatro já se encontram em fase de produção, enquanto três passam pelo processo de implantação. Estão em atividade as fábricas Heringer e Sudoeste, localizadas no município de Rosário do Catete; a Usifértil, em Maruim, e a New Crops, em Carmópolis. No momento, outras duas empresas do ramo negociam suas instalações no estado. Em fase de implantação estão a Adubos Central, em Barra dos Coqueiros, a Agropecuária Maratá, em Maruim, e a Adubos Pantaleão, em Laranjeiras.
Contando com incentivos fiscais e locacionais por meio do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), a New Crops atua no ramo de fertilizantes foliares e fertirrigação, sendo a única em Sergipe com essa tecnologia. A empresa tem capacidade de produção de 1,5 mil toneladas por ano e 500 toneladas em estocagem. Os produtos tem distribuição em Sergipe, sendo usados nas culturas de milho, laranja e cana. As regiões de Petrolina e do oeste baiano também recebem a produção, voltada à cultura de grãos.
Segundo o sócio-administrador da empresa, Eudas Feitosa, a área de distribuição da New Crops está em vias de expansão para a região de Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além do Pará. Eudas explica que a localização da fábrica, situada no Distrito Industrial de Carmópolis, foi fundamental para a implantação. “O Nordeste é um mercado em amadurecimento. Escolhemos uma área estratégica, na margem da BR 101. A logística, além da oferta de ureia e potássio dentro de Sergipe, também favorecem”, pontuou.
Implantação
A Pantaleão é uma das empresas em fase de implantação em Sergipe, que recentemente adquiriu uma área para expansão com suporte locacional do PSDI. A misturadora é fruto de um investimento da ordem de R$ 5 milhões. A empresa tem capacidade de produção diária de 400 toneladas. “Os nossos produtos têm o estado de Minas Gerais e a Bahia como principais destinos, mas enviamos para todo o país”, resume o gerente administrativo da empresa, Júnior Bispo.
Já a Agropecuária Maratá deverá superar 230 mil toneladas anuais em seu quinto ano de atividade, com capacidade máxima. Em seu primeiro ano, a produção deverá ser de 96 mil toneladas. Uma média de 60% de todos os produtos será destinada para Sergipe na fase inicial, em especial a plantios de cana de açúcar e de milho. Os demais 40% devem ser destinados a estados vizinhos.
“O investimento total foi de $52 milhões. Este valor deverá crescer com a compra de mais equipamentos e insumos, que serão totalmente importados através do porto de Sergipe”, afirma o diretor de investimentos do Grupo Maratá, Antônio Carlos Borges.
Cenário
“Sergipe produz ureia e potássio, insumos essenciais às misturas de fertilizantes, sobretudo com a atuação da Unigel Agro SE e Mosaic. Essas condições colocam o Estado em uma posição de destaque frente ao cenário brasileiro. E os incentivos do Governo às misturadoras de fertilizantes, por meio do PSDI, tem o objetivo de fortalecer essa posição, incentivando a cadeia produtiva e garantindo a geração de diversos postos de trabalho diretos e indiretos”, explica Luiz Mário, diretor de Novos Negócios da Codise.
Fonte e fotos: Ascom/Codise