Sergipe ainda está longe de alcançar o que os economistas chamam de pleno emprego. Pelo menos foi o que revelaram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE sobre a taxa de desocupação no segundo trimestre deste ano. Com 10,3% da população desempregada, o estado precisará abrir um grande volume de vagas de trabalho para chegar parte da situação vivida pelos moradores do Paraná (4,9%), Mato Grosso do Sul (4,1%), Santa Cantarina (3,5%), Mato Grosso (3%) e Rondônia (2,4%), que estão bem próximos de alcançar um ambiente de “pleno emprego”.
Adriana Beringuy, coordenadora de trabalho e rendimento Pnad, afirma que o crescimento da agropecuária foi determinante para o baixo nível de desocupação no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul. Já em Santa Catarina e no Paraná, a pesquisadora observa o avanço da atividade industrial e de serviços na região. No caso específico de Rondônia, estado com a menor taxa de desemprego do Brasil, Adriana adverte para o elevado número de profissionais na informalidade.
O economista membro do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) Carlos Caixeta analisa que a redução de 1,5 milhão de pessoas fora da força de trabalho em um ano confirma a retomada da economia brasileira. Para os próximos meses, Caixeta cita a redução das taxas de juros e a aprovação da reforma tributária como determinantes para trazer mais “credibilidade” para o Brasil no cenário internacional. “Esse pacote vai estimular mais investimentos, algo determinante para aumentar as contratações e reduzir o desemprego”, conclui.
Fonte e gráfico: Portal R7 (Foto: Agência Brasil)