Sergipe foi o Estado do Nordeste que teve o terceiro melhor desempenho nas exportações de 2015 em relação a 2014, ficando atrás apenas do Piauí (+58,2%) e do Rio Grande do Norte (+26,5%). A análise feita com base nos dados fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) aponta que as exportações sergipanas somaram US$ 95,6 milhões em 2015, o que representa um resultado 22,7% maior do que no ano de 2014.
A análise feita pelo assessor técnico da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Caio Lucas de Moura Morais, também aponta que em 2015 Sergipe exportou 81 produtos diferentes, com destaque para o setor de sucos, que somou US$ 68,2 milhões e correspondeu a 71,3% da pauta exportadora, valor 43,5% superior ao resultado de 2014.
De acordo com Caio Lucas, também merecem destaque na pauta os óleos essenciais de laranja, que somaram US$ 4,6 milhões. “Esse resultado é 124% superior ao obtido em 2014, sendo que o produto foi responsável por 4,8% da pauta exportadora”, afirmou o assessor, ao destacar que os principais produtos exportados no ano passado foram: sucos, óleos essenciais, açúcar de cana, calçados e recipientes tubulares. Ao todo as exportações sergipanas tiveram 76 destinos diferentes, dois a mais do que no ano anterior, sendo os dez principais: Países Baixos, Colômbia, Estados Unidos, Rússia, Bolívia, Turquia, Peru, Gâmbia, Alemanha e Canadá.
Já as importações sergipanas somaram US$ 213,8 milhões, apresentando retração de 7,4% na comparação com o ano anterior. “Em 2015 foram importados 843 produtos diferentes, sendo a pauta importadora do Estado composta, em sua maioria, por bens de intermediários (65,4%) e bens de capital (27,8%), caracterizados como insumos para a indústria sergipana”, disse Caio Lucas, ao destacar também que os bens de consumo duráveis e não duráveis correspondem a apenas 6,8% do total importado.
Expectativas
O secretário da Sedetec, Chico Dantas, diz que a perspectiva é de que o Estado consiga ampliar ainda mais suas exportações, sobretudo com o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), que contempla uma série de estratégias e ações para a elevação das exportações. “Nosso Estado não tem uma vocação histórica para exportações mas temos visto bons números nesse sentido, o que comprova que o empresariado sergipano tem evoluído na busca de novos mercados”, pontua o secretário ao acrescentar que a Sedetec dispõe de profissionais capacitados para orientar os empresários que pretendem ingressar no comércio exterior.