A empresa Noxis Energy estuda implantar em Sergipe uma refinaria de petróleo com capacidade para processar 50 mil barris/dia. Orçado em US$ 600 milhões, o projeto prevê produzir, a partir 2025, bunker com baixo teor de enxofre para navios. O presidente da empresa, Gabriel Debellian, conta que, para este ano, a ideia é obter a licença de instalação da unidade e iniciar a terraplenagem da área.
Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, várias empresas devem começar a despontar no refino brasileiro em 2021, à medida em que a Petrobras avance com seus desinvestimentos, se desfazendo de suas refinarias. A lógica desses investidores é fornecer derivados para mercados locais. Se processo o petróleo e vendo [o derivado] próximo à refinaria, meus preços serão mais competitivos, pelo ganho logístico. E o mercado se abrirá para quem for competitivo”, diz Luiz Massa, diretor de downstream (abastecimento) da Oil Group.
Sonho naufragou
Em janeiro de 2014, o governo de Sergipe anunciou com grande estardalhaço que a empresa Costa Global iria construir uma refinaria de pequeno porte no município de Carmópolis, orçada em R$ 120 milhões e com capacidade para beneficiar cerca de cinco mil barris por dia. Durante concorrida solenidade, o então governador Jackson Barreto (MDB) comemorou o fato de o empreendimento ter uma receita operacional prevista de R$ 480 milhões.
Ex-diretor da Petrobras, o dono da anunciada refinaria era Paulo Roberto Costa: “Vamos produzir gasolina e óleo diesel e a obra deve gerar 250 empregos, sendo 50 diretos na fase de operação da refinaria”, prometeu o investidor. Dias depois do anúncio, contudo, estourou a Operação da Lava Jato, tendo Paulo Roberto Costa sido um dos primeiros a ser preso pela Polícia Federal. Depois disso, nunca mais se falou na tal refinaria de petróleo que seria instalada em solo sergipano.
Por Destaquenoticias (Foto: site Portos e Navios)