A campanha eleitoral para prefeitos e vereadores em Sergipe contabilizou, até agora, 13 denúncias de assédio eleitoral. No Brasil já foram registradas 319 dessas denúncias, um número que ultrapassa em mais de quatro vezes as 68 acusações registradas no primeiro turno de 2022. Os dados são do Ministério Público do Trabalho (MPT). A Bahia, com 45 denúncias, lidera o ranking nacional.
Segundo o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, o primeiro turno apresenta mais denúncias, mas não creio que o segundo tenha a mesma intensidade. A polarização não será tão forte. Ele destaca que, nas eleições de 2022, o que mais impressionava era a quantidade e a natureza explícita dos assédios. “Existiam vídeos que eu assistia e pensava: ‘não posso acreditar que alguém fez isso’. É um caso para estudo”, afirma.
O assédio eleitoral envolve práticas de coação, intimidação, ameaças ou constrangimento durante a votação, com o objetivo de influenciar ou manipular o voto e a manifestação política dos trabalhadores. De acordo com o procurador, os números de denúncias verificados nesse primeiro turno refletem uma maior intensidade das paixões política. “O assédio muitas vezes surge da vulnerabilidade social”, acrescenta.
Foto: Agência Brasil