A provável escolha do desembargador piauiense Kassio Nunes como ministro do Supremo Tribunal Federal causou uma certa inveja aos sergipanos. Depois da aposentadoria do ministro Carlos Ayres de Brito, do STF, Sergipe nunca mais sentiu o gostinho de ter um filho escolhido para um tribunal em Brasília. Hoje, ministro sergipano somente o magistrado Augusto César Leite de Carvalho, do Tribunal Superior do Trabalho. A falta de prestígio político do estado nesse quesito até já virou pilhéria: dizem, à boca miúda, que ultimamente Sergipe só tem conseguido fazer ministros da eucaristia, aqueles católicos que distribuem a comunhão aos fiéis. E olhe lá!
Brincadeira à parte, o último bom ensaio de Sergipe para emplacar um ministro togado, como dizem no popular, foi em 2011. Surgiram três vagas no Superior Tribunal de Justiça e o renomado advogado e professor Carlos Alberto Menezes, ex-presidente da OAB local, entrou numa das três listas tríplices. Os sergipanos se mobilizaram. Havia quem desse a escolha como favas contadas, pois o governador de então, saudoso Marcelo Déda (PT), pediu uma das três vagas à aliada política Dilma Rousseff (PT), presidente da República e a quem caberia escolher os três ministros. Apesar de toda a torcida dos sergipanos, a petista deixou o nosso candidato de fora. Uma lástima!
Nosso único ministro
Filho do saudoso advogado Theobaldo Eloy de Carvalho, o ministro Augusto César Leite está no pleno do TST desde dezembro de 2009, seis anos após a posse do professor Carlos Ayres de Britto no Supremo. Formando em Direito pela Universidade Federal de Sergipe, nosso único ministro ingressou na Magistratura em 1990, como juiz do trabalho substituto do TRT da 5ª Região (BA). Foi promovido ao cargo de juiz presidente da 2ª Junta de Conciliação e Julgamento de Aracaju. Posteriormente, atuou no Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (SE). Em 2003, foi promovido a desembargador federal do Trabalho, sendo empossado ministro do TRT seis anos depois.