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Dez municípios de Sergipe são mais vulneráveis ao coronavírus

Em todos os indicadores do ranking, Aracaju aparece apenas em quatro

Estudo feito pela Sudene aponta os 10 municípios sergipanos mais vulneráveis a Covid-19. Estão na lista Aracaju, Lagarto, Simão Dias, Nossa Senhora do Socorro, Tobias Barreto, Itabaiana, Estância, Japoatã, Graccho Cardoso e Itabaianinha. Elaborado por por Robson Brandão, coordenador-geral de Estudos, Pesquisas, Tecnologia e Inovação da Sudene, em parceria com o engenheiro Rodolfo Benevenuto, PhD pela Trinity College Dublin, o estudo aborda quatro dimensões, incluindo grupos de risco, fragilidade social, acesso a equipamentos de saúde e proximidade a focos de contágio.

 Segundo os autores, a ideia é cruzar dados, elaborando mapas e rankings para identificar as regiões do Nordeste com maior probabilidade de serem atingidas pelos efeitos da pandemia em um curto prazo. O trabalho chama a atenção para o fato de estudos apontarem que as regiões Norte e Nordeste correm um risco de serem mais impactadas pelo surto por terem uma população mais vulnerável. Outro aspecto levado em consideração é que além dos impactos na saúde pública, também são esperados efeitos negativos relacionados à vulnerabilidade social.

Extrema pobreza

Os autores ressaltam que as políticas de enfrentamento ao Covid-19 devem considerar a larga amplitude da vulnerabilidade social no Nordeste, pois os índices de extrema pobreza vêm crescendo nos últimos 4 anos e a maior parte dessa população de baixa renda encontra-se na Região, de acordo com o IBGE. Robson Brandão e Rodolfo Benevenuto ressaltam, ainda, que estudos epidemiológicos baseados na experiência de disseminação de outros tipos de vírus no Brasil (Aids, Dengue e Zika) revelam que fatores relacionados à vulnerabilidade social (renda, saneamento básico, escolaridade) são fortes determinantes na velocidade de propagação do vírus.

As pesquisas revelam que a busca por atendimentos de alta complexidade por pessoas que moram em cidades do interior demanda viagens que levam, em média, 155 km, e a demanda por esses serviços de saúde nas capitais será crescente e com potencial de colapsar o sistema de saúde. O estudo aponta que “o incremento de equipamentos de saúde em municípios classificados como centro de regiões intermediárias poderia aliviar a demanda concentrada nas capitais estaduais”.

Fonte: Sudene

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