Sergipe tem 186 obras federais paralisadas, de um total de 807 construções interrompidas em todo o Brasil. É o que revela levantamento realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O campeão nesse ranking de irresponsabilidades é o Maranhão, com 905, seguido da Bahia com 807 obras paradas sem previsão de serem reiniciadas.
Ao todo, dos 22.559 empreendimentos iniciados no Brasil, 38,5% estão parados. Ou seja, de cada 10, praticamente quatro não foram à frente. São 8.674 projetos parados, segundo o TCU, mais da metade, 4,4 mil, na área de educação. Somadas, as obras paradas já consumiram R$ 27,2 bilhões.
Dinheiro público torrado
Em seguida estão saneamento (388 obras paralisadas); saúde (289); infraestrutura de transporte (277); agricultura (161); habitação (126); turismo (66); e defesa civil (25). O total investido nessas obras paralisadas é de R$ 27,2 bilhões, de acordo com o tribunal, que reuniu informações dos principais bancos de dados oficiais do país. Na verdade, um grande volume de dinheiro público torrado.
Em entrevista ao portal Metróploes, a gerente de projetos da Transparência Brasil, Marina Atoji pontua que, além do óbvio prejuízo do serviço não prestado a milhares de pessoas que teriam suas vidas melhoradas por essas obras, outro problema é o desperdício de dinheiro público.
“Como as estruturas que chegam a ser construídas se deterioram com o tempo enquanto as obras ficam paradas, o custo final da obra, caso seja retomada, aumenta, pois é necessário fazer reparos nessas partes ou mesmo reiniciar a obra do zero”, aponta Atoji.
Clique aqui e veja o relatório completo do TCU sobre as obras paralisadas
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