Aracaju ganhou a Galeria de Arte Cícero Alves dos Santos, o “Véio”. Erguido pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), o novo espaço de exposições da capital fica localizado no bairro São José e foi idealizado para ser um polo criativo para o fomento da cultura sergipana. Ao acompanhar a entrega do local, dentro da programação comemorativa pelos 75 anos da instituição, o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) destacou que “a nova galeria será fundamental para o progresso e qualidade de vida, no sentido do incentivo à cultura”.
O artista que dá nome à galeria se disse “muito satisfeito” com a inauguração do espaço de arte. “Meu trabalho é em favor das nossas tradições, costumes e história. Para não deixar que morram. Que essa casa, que leva meu nome, seja a oportunidade para mostrar o trabalho de todos que lutam pela arte de Sergipe”, salientou “Véio”.
Diretora regional do Sesc, Aparecida Farias exaltou os 75 anos da instituição, destacando os investimentos realizados na área cultural, com ênfase para a nova galeria que, segundo ela, servirá para valorizar o trabalho dos artistas sergipanos. “Inaugurar a nova Galeria de Arte Cícero Alves dos Santos representa um momento mais que especial, sobretudo pela comemoração dos 75 anos de uma instituição que representa a busca pelo ideal de uma sociedade onde estejam presentes a igualdade, a justiça e o desenvolvimento”, declarou.
A Galeria
A nova galeria ocupa uma área de mais de 600 metros quadrados e estrutura moderna e confortável para abrigar as mais diversas manifestações artísticas. Com ambiente climatizado, o local possui salas para a realização de cursos, palestras, seminários, oficinas e debates, além de áreas administrativas. A primeira galeria de arte do Sesc foi instituída em 1993 e funcionava, até então, na unidade Centro da instituição.
Quem é “Véio”
O artesão Cícero Alves dos Santos, popularmente conhecido como ‘Véio’, nasceu em Nossa Senhora da Glória, Alto Sertão de Sergipe, em 1947. O artista, descobriu seu talento para as artes ainda criança (época em que recebeu o apelido), moldando cera de abelhas, mas foi mais à frente, nas andanças pela caatinga, que encontrou a matéria-prima para suas esculturas singulares, mundialmente conhecidas: os galhos e troncos. As peças de Cícero compõem acervos de colecionadores e de instituições culturais de relevância, no Brasil e no mundo, em países como França e Itália. Em 2018, o sertanejo recebeu o prêmio Itaú Cultural 30 anos, na categoria “Criar”.