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Sexta-feira 13 é um dia de azar?

Baralho de tarot mais conhecido do mundo foi feito em 1900, por Pamela Colman Smith e Arthur Waite

Você tem medo, evita reuniões importantes, não passa debaixo de escadas e desvia o olhar de espelhos durante a tão “temida” sexta-feira 13, também conhecida como hoje? Se sim, talvez você faça parte do time de supersticiosos que escolheram acreditar na fama “negativa” do numeral.

Muitos atribuem que a má reputação do 13 vem de séculos e que se originou do Código de Hamurabi, que supostamente teria omitido uma 13ª lei de seus códigos legais escritos. No entanto, na realidade, isso foi apenas um erro cometido por um dos tradutores que simplesmente deixou de fora uma linha de texto.

Essas crenças persistem até mesmo entre algumas mentes conhecidas. O compositor austro-americano Arnold Schoenberg, por exemplo, sofria de triscaidecafobia (medo do número 13) de forma tão intensa que chegou a omitir a numeração do compasso 13 em algumas de suas obras mais tardias, optando por usar a notação “12a” em seu lugar.

Influências religiosas

Sobre o dia da semana, a visão negativa teria origens que combinam influências religiosas e culturais. Para alguns cristãos, a sexta-feira é considerada um dia de azar, pois foi nesse dia da semana que teria ocorrido a a crucificação de Jesus Cristo.

Já o frenesi em torno da sexta-feira 13 ganhou força no século 20. Muitos atribuem isso ao livro de Thomas Lawson, “Friday, the Thirteenth”, que narra a história de um corretor de ações que escolhe esse dia especificamente para deliberadamente causar uma quebra no mercado financeiro.

Em 1908, o “The New York Times” foi um dos primeiros veículos de comunicação a reconhecer as superstições associadas à data. Anos depois, na década de 1980, a popularidade da franquia de filmes “Sexta-feira 13“, estrelada pelo assassino Jason Voorhees, contribuiu ainda mais para consolidar esse fenômeno cultural.

Mas o que o universo místico, especialmente o tarô, tem a revelar sobre essa data? Em entrevista à CNN, a taróloga e terapeuta holística integrativa Solange Martins esclarece que essas antigas superstições que trazem a sensação de “azar” não possuem ligações com as cartas.

“Ao longo do tempo, os homens transformaram a sexta-feira 13 em um símbolo de mistério e maldade, associando a data a energias negativas. Contudo, essa visão sombria parece estar mais ligada a superstições e ao medo coletivo do que a algo real. Se a sexta-feira 13 fosse realmente uma data tão negativa, como explicaríamos o nascimento de uma criança, a celebração de um casamento ou a realização de uma transação bancária nesse dia? Seriam os hospitais impedidos de fazer cirurgias nessa data? Isso revela o quanto esse receio é mais construído pela imaginação do que pela verdade”, opina Solange.

O que diz o tarô sobre o número 13?

No tarô, o número 13 representa a carta “A Morte” ou “Ceifeiro“, que, apesar de seu nome assustador, não deve ser interpretada de forma literal ou negativa. Para quem consulta as cartas, a data pode ser vista como uma oportunidade de reflexão e transformação.

Ainda segundo a taróloga, “a carta de número 13 é um símbolo profundo de transformação. Ela representa a transição entre ciclos, o abandono de velhas camadas para dar lugar a novas atitudes e valores, tanto morais quanto pessoais. Também convida ao renascimento e ao mistério da vida e traz o questionamento ‘mas o que é a morte, afinal?’ Para os oráculos, não anuncia um fim, mas sim uma abertura para recomeços. Após períodos de sobrecarga mental ou energética, essa lâmina traz a promessa de renovação e novos inícios”.

Fonte: Rede CNN Brasil (Foto: Divulgação/Taschen)

 

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